Resenha; Benediction – “Ravage of Empires” (2025)
A espera finalmente acabou: depois de quase quatro anos e meio, os britânicos do Benediction estão de volta. “Ravage of Empires”, o nono álbum dos veteranos, viu a luz do dia na sexta-feira (4). E para quem já havia aguardado doze anos por um álbum novo, quatro anos e meio foram tirados de letra.
Lançado pela Nuclear Blast na gringa e com versão brasileira pela Shinigami, que está sempre proporcionando aos fãs brasileiros os lançamentos do selo alemão, “Ravage of Empires” marca a estreia do baixista Nik Sampson, que entrou na banda em 2023 em lugar de Dan Bate.
Tal como “Scriptures“, o álbum anterior, o novo álbum contou novamente com Scott Atkins na produção e a banda retornou ao Grindstone Studio, em Suffolk, na Inglaterra, para registrar esse verdadeiro petardo. A capa, belíssima, por sinal, é assinada por Wolven Claws, que emplaca sua segunda capa consecutiva do Benediction.
Quem os viu em ação durante a primeira edição do Summer Breeze Brasil, em 2023, pôde perceber que o tempo só fez bem para essa banda de Birmingham, curiosamente a mesma cidade em que outros quatro senhores criaram um novo estilo, lá nos anos 1970. Se “Scriptures” já havia sido um grande lançamento, este “Ravage of Empires” não fica atrás.
O álbum tem onze canções em 47 minutos que mais parece um rolo compressor e desafia qualquer banger a se manter parado durante a audição. Os grandes destaques ficam por conta das faixas “Beyond The Veil“, que tem ótimos riffs, “Genesis Chamber” é veloz e brutal, trilha sonora perfeita para o fim do mundo. “Deviant Spine” é arrastada e muito pesada. “Crawling Over Corpses” é certamente a mais empolgante de todas, com seus riffs cavalgados.
Ao final, o ouvinte sente como se tivesse sido atropelado por um caminhão descendo uma ladeira em alta velocidade. O trabalho de produção está simplesmente impecável, os riffs de guitarra soam ainda mais nervosos, fazendo com que a audição seja ainda mais prazerosa. Super indicado aos fãs de Death Metal Old-School bem trabalhado. É sério candidato a ser o melhor álbum do Metal extremo de 2025.
NOTA: 9.0