Resenha: DevilDriver – “Dealing With Demons Vol 2”
O DevilDriver lançou em 2020 a primeira parte do registro intitulado “Dealing With Demons“, que ficou no ar quando teria sua continuidade lançada.
Desse tempo pra cá a banda viu seu vocalista, Dez Fafara quase morrer devido a Covid-19, e também, ela se esfacelar com a partida do guitarrista Neal Tiemann , o baixista Diego Ibarra e o baterista Austin D’Amond. Em seus lugares vieram, o guitarrista Alex Lee ( Bonded By Blood ), o baterista Davier Perez ( Pit Fight Demolition ) e o retorno do baixista original Jon Miller.
Com isso, finalmente o DD estava pronto para fechar a sua história iniciada há quase três anos atrás e “Dealing With Demons Vol.2” foi lançado pela Napalm Records e trazido ao Brasil pela Shinigami Records.
Não há tantas mudanças severas entre esta e a primeira parte da história. Porém, existem ali alguns pequenos detalhes que tornam o registro um pouco mais raivoso que o capítulo 1.
“I Have No Pity” entrega riffs furiosos do início e mostra a banda bem entrosada e que algo denso virá pela frente. Algumas quebradas no andamento diversificam a faixa que é completada pelo vocais rasgados e insanos de Dez. “Mantra” é uma das mais densas do álbum e das melhores linhas de bateria, com o trio de abertura sendo fechado por “Nothing Last Forever“, que me remeteu ao groove e cadência do Chimaira. “Summoning” tem riff “cavalgados” e abre espaço para “Through the Depth”, que busca inspiração no black metal em sua introdução e se tornando mais um destaque da obra. O disco entra em uma zona um pouco mais “branda” próximo ao seu fim, com a muito boa “It’s a Hard Truth” e a que traz ares do death melódico, “If Blood is Life“. Essa última mostra uma faceta que se, talvez fosse adotada pela banda em mais momentos, pudesse ser a cara nova e assim, buscar novo fôlego para seus vindouros trabalhos. O disco fecha com “This Relationship, Broken“, um despejo de raiva e fúria que encerra o trabalho em melhor forma.
Aliado a bela arte da capa, o novo registro do DevilDriver não invoca nenhum frescor como dito, mas também não há nenhuma perda e aos que são fãs de groove/modern metal, não há dúvida de que irão se esbaldar por aqui em um trabalho com execução acima da média.
NOTA: 8