Resenha: Dimmu Borgir – “In Sorte Diaboli” (relançamento)
Em 2007, o Dimmu Borgir viu o último suspiro de uma das formações mais potentes que o metal extremo já viu, ao lançar “In Sorte Diaboli“, que volta as prateleiras pela parceria Shinigami Records e Nuclear Blast.
Sendo o primeiro álbum conceitual da banda, a história se passa no período medieval e traz um padre que se vê sendo o próprio anticristo ao renegar o cristianismo. Com isso, é dada a introdução da história com “The Serpetine Offering“, climática, densa, com riffs pesados e um passagem melancólica de ICS Vortex e sua voz gélida e profunda. “The Chosen Legacy” é pura insanidade, com Hellhammer comandando linhas de bateria macabras e um Shagrath com os vocais mais “demonho” do disco. “The Sacrilegious Scorn” é um verdadeiro sacrilégio sonoro de tão melódica e poética que ela soa, quebrando com partes verdadeiramente sombrias e densas. “The Sinister Awakening” é o Dimmu Borgir de outras eras, como o fã mais saudosista gosta de escutar, com passagens rápidas e bateria marcando o tom. “The Foreshadowing Furnace” é o final apoteótico da história, que acaba em tom grandioso e fecha o capítulo final da história conta em menos de 50 minutos do puro suco da música extrema.
Ainda que esteja atrás de seus dois antecessores, “In Sorte Diaboli” consegue manter o nível musical em alta, ainda que as letras acabem soando um pouco perdidas dentro da história e não fazendo um papel com a força que se precisa, principalmente por se tratar de um disco conceitual como foi dito. Ainda assim, o Dimmu Borgir acerta com a produção e composição e encerra aqui um capítulo grande de sua trajetória, que posteriormente não teria bons episódios.
NOTA: 8