Resenha: Fuming Mouth – “Last Day of Sun” (2023)

O Fuming Mouth, oriundos de Massachusetts, resolveu em sua nova jornada, trabalhar um disco conceitual, o que nós todos sabemos que nem sempre o resultado pode ser positivo, e muito pelo contrário, pode se tornar uma verdadeira lambança.

Seu disco “Last Day of Sun“, lançado pela Nuclear Blast e trazido ao Brasil pela Shinigami Records, o registro traz uma visão apocalíptica de um mundo que irá cair em profunda trevas e só tem mais um único dia com luz. Dentro disso a banda mistura o death metal e hardcore. Porém, algo parece não sair conforme o esperado aqui, e as coisas começam a derrapar em dado momento.

a faixa de abertura “Out of Time” é forte, marcante e dona de um refrão que irá fazer você cantar junto com toda certeza. Outras faixas como “Respect and Blasphemy”, segue uma veia mais punk, o que mostra que a ideia do disco ser algo conceitual, traria misturas de ritmos e estilos para dentro do disco. “Postfigurement” tem o peso de uma bigorna rolando morro abaixo e funciona muitissímo bem dentro dessa primeira metade, mas é quando ela acaba que você se pergunta o que está acontecendo?!

I’ll Find You” aparece completamente perdida dentro do disco, sem sentido alguma, sem fazer nenhum papel, simplesmente, é jogada ali e fica vagando sem sentido. “The Sign of Pain” tenta criar algumas progressões, mas não chegam em absolutamente lugar nenhum.  Esses momentos acabam deixando o disco completamente desconexo antes de chegar ao seu final, tornando essa segunda metade uma perdição completa.

A ideia foi boa, a concepção mediana e a execução aquém! A abordagem era ousada, mas como dito no começo desse texto, nem sempre executar uma obra desse formato é algo simples, fácil e conveniente e pode exigir além do que se pode entregar!

NOTA: 5 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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