Resenha: Green Lung – “This Heathen Land” (2023)
Infestado de fadas, bruxas e outros contos, o novo disco do Green Lung, “The Heathen Land“, lançado pela Nuclear Blast Records e lançado no Brasil pela Shinigami Records, traz uma ode aos contos de uma terra esquecida, antes chamada Albion.
O disco traz uma boa arte gráfica, em desenhos que parecem um livro de fantasia antiga, o que ilustra muito bem o seu conteúdo lírico.
“The Forest Church” é climática, tem ótimos riffs na melhor ideia do Rainbow e Sabbath, e uma linha vocal hipnótica, que será ponto decisivo no decorrer da obra. “Mountain Throne” é mais rápida, trazendo novamente ótimos riffs, e teclados que dão o tom na faixa, a tornando rica em detalhes. “Maxine (Witch Queen)” é um épico de dez minutos, e que não deixa a energia cair em momento algum. Mais dependentes dos sintetizadores, que dão o tom durante toda a música, ela é o contraposto da soturna e densa “One For Sorrow“, que mais uma vez volta a beber dos riffs “Sabbathicos”. Um refrão espetacular surge por aqui, e sem dúvidas, se torna uma que pode listar entre o top3 do disco. Daqui em diante, encontramos peças gigantescas que vão de 20 a quase 40 minutos de duração, passando por diversas influências, tons e climas. “Song of the Stones” poderia figurar entra algum momento do Opeth, já a “The Ancients Ways” é uma porrada, densa e que descarrega uma tonelada de riffs em cima do ouvinte, entregando uma obra divina! “Hunters in the Sky” é encontro do Zeppelin e do Sabbath, enquanto a fraca “Oceans of Time” fecha o disco.
O Green Lung consegue passar por décadas e estilos, sem perder força ou se tornar algo bagunçado, e entrega um disco muito bem amarrado e pensado. Para os que buscam essas misturas e inspirações, o disco será um prato cheio, rico em elementos, força e inspiração.
NOTA: 8