Resenha – Kavla – “Intenso” (2024)
Após 15 anos, o Kavla retorna com um novo disco, intitulado “Intenso” e que chega pela Voice Music.
A aposta vem um rock potente, bem desenha e carregado de densidade, como a faixa de abertura “Business” traz, fazendo alusão em sua letra com a rotina de trabalhos intensos que a sociedade atual faz, mas que há recompensas com o árduo trabalho. “Quem Vai Dizer a Verdade” traz uma crítica a política brasileira em um rock embalado por seus tempos do auge, sendo dona de um bom refrão. A faixa título traz um começo que remete a “I Was Made For Loving You” do Kiss e cai em versos tradicionais do rock brasileiro. “Há Cura” é uma mensagem bonita sobre a resistência de viver e como a vida pode ser bastante dura em momentos que não esperamos. A faixa pode agradar bastante para os que sejam fãs do Oficina G3 em seu período inicial. “Viver e Deixar Fluir” é uma balada hard rock que novamente fala sobre encarar a vida com ela e não desistir. Boas melodias estão por aqui com uma boa levada de bateria que carrega o andamento. “Um Solitário Sem Querer” é uma das melhores do registro, com um refrão grudento e que pega fácil, ótimas dobras de guitarras e um estilo que se faz em falta por aqui no Brasil e que já não vemos com tanta frequência. “Vale Sempre Lutar” é dona de um ótimo solo e “Seja a Música” traz um hardão intenso e com pegada forte. “Porto Solidão” traz teclado climáticas na versão da bela canção de Jessé. E a música ganha intensidade em tons do progressivo e consegue fazer uma versão digna a altura da versão original e é um grande momento do disco. “Tango” fala por si só com o seu nome e é entoada uma versão metalizada do ritmo! O disco encerra com a dobra “Fica Comigo” que mais uma vez remete ao rock nacional dos anos 80 e que não vemos muito por aí hoje em dia e a “Tempo e o Vento” que encerra de forma digna o trabalho, mas me soou como um pouco desnecessária por ali, tendo que poderia ter sido encerrado com dez faixas.
Após 15 anos, o Kavla consegue fazer um bom retorno, trazer ares de nostalgia e entregar um bom rock nacional e que ele ainda funciona quando sabe ser feito. Ouça e se diverta”
NOTA: 7