Resenha: Marilyn Manson – “One Assassination Under God – Chapter 1” (2024)
Marilyn Manson está de volta oficialmente ao mundo da música, e lança se novo disco “One Assassination Under God – Chapter 1“, ao lado da gigante Nuclear Blast Records, a sua nova casa.
Estas são as primeiras músicas do cantor após as acusações de mulheres contra ele de violência e abuso, que o fez ficar afastado da mídia por alguns anos. Mas focando em sua volta e o lado musical, o vampirão parece querer se acertar com o seu passado sem deixar de pensar no agora, e consegue fazer mesclar isso no novo registro, mas a fórmula parece um pouco confusa.
A abertura fica com a faixa título que traz o lado gótico e sombrio de volta, com guitarras “grosseiras” e uma ponte que faz referência ao Manson da era industrial. “No Funeral Without Applause” continua o clima denso e mais lento, o lance climático. “Nod if You Undestand” é o momento gritaria típico de Marilyn Manson e a mais pesada até o momento e uma que vai trazer bons momentos aos fãs da velha guarda. “As Sick as the Secrets Within” foi responsável por mostrar o retorno a ação, é algo que poderia se encaixar em “Mechanical Animals” fácil, fácil e isso é grandioso para seus fãs. Uma típica balada ao estilo Manson e de refrão marcante e carregado de melodia. “Sacrilegious” incorpora elementos do moderno e do industrial pop do Muse, trazendo uma faixa pronta para alguma trilha sonora ou para os rádios. “Death is Not a Costume” começa criando um clima denso, com vocais baixos e sussurrados e um refrão que fica com a sensação de devedor, se aproximando dos último trabalhos que Manson lançou sem muito impacto ou força dentro do disco. “Meet Me in Purgatory” continua o ritmo água com açucar e soa tão insonsa aqui que fica difícil tentar adjetivar ou falar sobre a música. “Raise the Red Flag” consegue dar uma levantada no astral, principalmente em seu bom refrão que consegue soar mais certeiro do que as anteriores, que mal parecem ter um. “Sacrifice of the Mass” consegue ser uma boa balada gótico, com toques de violão, sendo um semi-acústico, e até seria uma boa faixa de encerramento, caso o disco tivesse alcançado um clímax na sua segunda metade, o que não foi o caso.
Marilyn Manson retorna de forma morna ao tentar encontrar suas duas facetas, a velha e a atual, e não consegue ir muito além da curiosidade em seu novo registro. Se ele tinha intenção de sopros passados, era melhor tentar continuar apostando em seu tom mais “macio” do disco anterior, mas com os ares de lugar certo que ele teve.
NOTA: 6