Resenha: Saxon – “Hell, Fire, And Damnation” (2024)
Uma aula pontual e certeira. Não é exagero pensar em “Hell, Fire, And Damnation”, o novo disco do Saxon, como uma aula de heavy metal, com o mais puro e forte do que o estilo pode oferecer.
Lançado no começo deste ano, pela Silver Linning Music e trazido ao Brasil pela Shinigami Records, o disco abre com o interlúdio “The Prophecy“, que dá espaço para a pesada, densa e arrasadora faixa título! Biff Byford soa lendário nos primeiros versos. A dupla Doug Scarratt e Brian Tatler são magistrais tantos nos riffs como nos solos entregues. Abertura gigante! “Madame Guillotine” é mais cadenciada, com uma vibe mais rock e funciona perfeitamente linda dando sequência no play. Dona de um solo magistral. “Fire and Steel” é uma paulada mosntruosa em que o baterista Nigel Glockler dita o tom com a bateria a milhão na abertura. Um baita refrão e um solo que exalam melodias. Uma das melhores do registro, uma paulada monstruosa insana e sem parada. “There’s Something In Roswell” conta a história de um dos casos mais intrigantes da história da ufologia, relatando o incidente de 1947, quando um fazendeiro encontrou destroços de um objeto em sua área, inicialmente tido como um balão, e depois investigado pelos militares, sendo dito ser um OVNI. “Kubla Khan And The Merchant Of Venice” volta ao peso e velocidade e coloca o clima lá em cima de novo. Mais adiante nos deparamos com a corpulenta “1066”, contando a história da Batalha de Hastings, envolvida em riffs duros e cravados, um trabalho impecável de Byford em narrar os fatos.
Uma aula de heavy metal, forte, visceral e poderoso. O Saxon mostra que a fórmula ainda funciona quando bem feito, e nesse quesito, eles deram aula entregando o seu novo material.
NOTA: 8