Resenha: The Troops of Doom – “A Mass to Grotesque” (2024)

Finalmente saiu “A Mass to Grotesque“, segundo play do The Troops of the Doom. Lançado na última sexta-feira, 31, pelo selo português Alma Mater Records, que tem como um de seus sócios, o vocalista do Moonspell, Fernando Ribeiro.

Diferentemente do play anterior, gravado de forma remota, “A Mass to Grotesque” representa a estreia do grupo por completo em estúdio. Eles se reuniram no Audio Porto, em Porto Alegre. Com produção de André Moraes, que tem em seu currículo, a produção no álbum “Dante XXI“, do Sepultura, foi responsável pela trilha sonora do filme “Lisbela e o Prisioneiro“, e indicado a um Grammy Latino e a um MTV Video Music Brasil. A mixagem foi feita por Jim Morris no icônico Morrisound Studio, na Flórida.

Podemos dizer que o The Troops of Doom é um supergrupo. Formado por Jairo Guedz e Marcelo Vasco nas guitarras, Alex Kafer no baixo e vocal e por Alexandre Oliveira na bateria, qualquer coisa que a banda venha a lançar, é certeza absoluta de ser um material de qualidade. E quem já os viu ao vivo, há de concordar com tal afirmação, os caras são mortais. “A Mass to Grotesque” é a confirmação de que o Brasil, apesar de produzir muita porcaria quando o assunto é música, também é capaz de mostrar ao mundo que aqui é um grande celeiro de bandas de Death Metal.

Em 44 minutos, o álbum traz onze faixas, uma mais destruidora que a outra. Difícil até apontar a melhor, porque os riffs alucinantes que estão distribuídos aqui por Jairo e Vasco, são de levantar defunto. É Death Metal rápido, pesado, ríspido e sem a menor piedade. As músicas funcionarão muito bem ao vivo e irão render moshpits memoráveis. A destacar também os trabalhos tanto de produção quanto de mixagem, que deixaram a sonoridade perfeitamente audível e limpa. Não é porque a música é extrema que necessariamente precisa ser descuidada.

A capa é outro item que merece destaque, com uma imagem bela e macabra, que combina muito bem com o clima do álbum. É obra do grandioso Dan Seagrave, que já assinou o clássico “Altars of Madness“, do Morbid Angel, além de trabalhos de bandas como Hypocrisy, Malevolent Creation, Monstrosity, Pestilence, Suffocation, Vader, Warbringer, Entombed, e mais recentemente, assinou a capa de “Rise to Power“, álbum do Memorian, banda que o vocalista Karl Willets criou quando o Bolt Thrower encerrou suas atividades.

Com este “A Mass to Grotesque“, o The Troops of Doom só ratificou a sua posição como um dos maiores nomes da música pesada em terras tupiniquins. Recomendado para quem aprecia música brutal. E o melhor, essa aqui carrega o selo de Made in Brazil. Esse ano a disputa pelo melhor play nacional será intensa e o The Troops of Doom chega como um forte candidato.

NOTA: 9.0

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

One thought on “Resenha: The Troops of Doom – “A Mass to Grotesque” (2024)

  • junho 2, 2024 em 10:23 pm
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    E o pessoal chorando pela aposentadoria do Sepultura…fala sério!!!! Muita coisa boa sendo lançada, até agora em termos de som brasileiro nesse ano, acredito que seja a banda Troops of Doom…gostei desse album!!!! No Brasil tem muita banda boa, sem contar que daqui uns dias teremos o Remake do Schizophrenia dos Cavalera/Sepultura!!!! Valeu!!!!

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