Resenha: UDO – “Touchdown” (2023)
São 18 discos e UDO continua o seu ciclo de dois em dois anos lançar o seu novo (mesmo) disco!
Convenhamos que há um bom tempo, o vocalista não tem saído muito de sua mesma esfera sonora, e para os que amam isso, “Touchdown”, novo registro do homem, será um prato cheio.
Sendo o primeiro álbum lançado pela Atomic Fire Records e trazido ao Brasil pela Shinigami Records, “Isolation Man” faz as honras de abertura com os mesmos pavimentos das músicas de Dirkschneider, que agora conta com seu filho na banda, Sven Dirkschnider assume as baquetas, além do ex-colega de banda Accept, Peter Baltes, no baixo e Fabian Dee Dammers nas guitarras. A música tem uma dinâmica rápida, com um bom solo e alguns bons riffs. “The Flood” aborda desastres naturais em sua letra e traz uma dinâmica mais cadenciada, sendo uma música mais linear com um bom refrão. “The Double Dealer’s Club” é mais agitada e aos mais saudosistas por trazer boas lembranças do Accept do início. “Fight for the Right” é um heavy metal tradicional diretaço e mais raivosa do que foi apresentado até aqui e sua parte principal é muito bem elaborada. “Punchline” assume um papel mais melódico e funciona muito bem. “Sad Man’s Show” é uma das que Sven mais trazem destaque em sua bateria, com uma boa mixagem e timbre e linhas mais robustas. “The Betrayer” soa mais mordena e com alguns ares do industrial do Ministry na introdução e mostra que quando UDO quer respirar novos ares, ele consegue. “Touchdown”, a faixa título é outra que merece destaque aqui com sua dinâmica acelerada e sem perdão, para fechar o disco em alto nível.
UDO parece querer furar sua bolha em alguns momentos do registro, e como dito, ele acerta quando faz isso, mas peca em ficar no mais do mesmo em diversos momentos de um disco que tinha potencial para ser maior do que realmente é. Podemos pensar que é um princípio de mudança para o que virá pela frente?
NOTA: 7