Rex Brown relembra período do Pantera com Terry Glaze nos vocais: “algo estava errado”

O Pantera se torno uma das maiores potências do metal nos anos 1990 e uma resistência ao movimento grunge que tomava conta das paradas dentro da música pesada. Mas nem sempre a banda foi o furacão sonoro iniciado em “Cowboys From Hell“.

Ainda nos anos 80 e antes da chegada de Phil Anselmo, Terry Glaze era quem ocupava o microfone da banda, em uma sonoridade bastante diferente da que somo habituados a se lembrar quando falamos em Pantera.

Em entrevista a Gibson TV, o baixista Rex Brown relembrou este período da banda, e disse:

“Você tem que lembrar que a gente tinha 17, 18, 19 anos. A gente tocava em pistas de patinação, cara. A gente tocava… a gente ia fazer esse baile de formatura, a gente ia fazer esse bar mitzvah. Não tinha muita agência de shows no Texas, então a gente meio que teve que aprender por conta própria, aprender a entrar nesses clubes. E o que a gente ia tocar? A gente tinha que tocar covers, mesmo estando no estúdio vendendo esses discos nos shows. E a gente tinha a nossa própria iluminação, o nosso próprio sistema de som, sabe. Eles foram ficando cada vez maiores, e a gente ganhava uma vida danada perto do fim.

Mas com o primeiro vocalista, algo estava errado. E eu e o Dime estávamos ouvindo o maldito Kill ‘Em All , o primeiro disco do Metallica . Tínhamos conhecido o James e o Lars. Eles estavam lá, ficaram em casa por umas duas semanas. Tocamos sem parar. Muito legal. E conhecer aqueles caras foi um mundo totalmente diferente para nós. Foi uma experiência incrível.

Então precisávamos de alguém assim na banda, porque o Terry tinha decidido que queria ir para a faculdade. Ele não queria… ele não achava que valia a pena gastar seu tempo e se dedicar a isso, mesmo com o sucesso que estávamos começando a fazer. Praticamente a bandinha mais popular do Texas, formada para jovens com menos de 20 anos, sabe?”

Brown também relembrou a primeira vez que o então novo vocalista Phil Anselmo veio fazer um teste para o Pantera, dizendo que praticamente todos na banda sabiam que ele era o cara:

“O Philip veio para o teste e eu o peguei num Corvette 74 e o levei direto para a sala de estar que tínhamos montado naquele dia para tocar. E tocamos praticamente todas as músicas do Judas Priest ou qualquer coisa atual que todos nós conhecíamos. O cara era incrível. Parecia o cara. Ele era novinho, tinha 18 anos. Aquele momento em que você pega alguém depois de tocar com cinco babacas, sabe — aquela sensação era muito, muito legal. Foi aí que a gente soube: ‘Caramba, isso pode ser bom.'”

Terry Glaze gravou com o Pantera três discos, sendo eles Metal Magic (1983), Projects In The Jungle (1984) e I Am The Night (1985).

Há alguns anos, o Pantera retomou as atividades, agora com Rex e Phil como membros remanescentes, se juntando a Zakk Wylde e Charlie Benante.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *