Ricardo Confessori anuncia nova banda “sem gente que pede permissão a esposa e tem medo de falar qualquer coisa”

Após o anúncio do conturbado fim do Shaman, e as declarações de Luis Mariutti, dizendo que “deixaria a banda por motivo de saúde mental, e pensando em preservar sua esposa e seus filhos“, e Alirio Netto dizer que não compactua das ofensas e xingamentos feitos por Ricardo Confessori a um seguidor, o baterista ressurge e anuncia um novo trabalho.

Após ser ameaçado de ser processado por Mateus Ferreira, devido aos ataques pessoais e homofóbicos, Ricardo anuncia o retorno da Confessori Band, que ele classificou como “roqueiros raiz”. O anúncio foi feito em uma live, e conforme transcrito pelo Whiplash, o músico disse:

É o seguinte, galera. Hoje estou aqui para falar sobre meus próximos passos no rock. Como vocês sabem, sou roqueiro raiz. Comecei a gostar com caras do Black Sabbath, que fazia um som pesado. Você olha para eles e vê que eram caras alfa, não estavam aí para ninguém. Enfiavam o pé no sexo, drogas e rock ‘n’ roll.

A galera enlouquecia pelo estilo de vida que os caras tinham. Eram caras que chamamos hoje de red pills. Pessoas que não estão aí para nada nem para ninguém. O que interessava era encher a cara e tocar com groupies. Em algum momento na história do rock, acabaram caras assim. Agora, o cara tem que pedir para a esposa dele para ensaiar. Ela pode achar que está passando muito tempo no ensaio. Tem que ter um alvará de turnê.

Às vezes, podem dizer que a letra da sua banda não é legal, é machista. Acho que esses roqueiros modernos são os blue pill. São as pessoas que fazem tudo certinho como a mulher quer. Primeiro vem o casamento, o amor da vida dele. Depois, vem a banda, depois o rock. O rock nunca foi isso. O rock veio de caras brutos, com parafusos soltos na cabeça. Quero dizer que me considero um patriota. Moro no Brasil e já me chamaram para sair muitas vezes. Para quem não sabe, casei na Alemanha e cheguei a morar lá. Não suportei.

Me interesso pelo rock daqui. Quero fazer isso crescer. Vejo outros músicos do Brasil querendo bombar lá fora, no Japão, EUA e Europa. Não quero dar uma de Edu Falaschi. Ninguém é chupa pau de gringo não. O público quer ver o roqueiro de verdade. Sempre entrei na música não pela técnica. Nunca fui um cara extremamente técnico. Eu poderia ser, mas sempre dei preferência pelo feeling e atitude.

Estou com minha banda Confessori Band de volta. Voltamos para a ativa. Vamos sair com material novo logo mais. É meu trampo solo e as pessoas que vão tocar comigo se encaixam nesse perfil. Chega de músicos blue pill, que tem medinho de falar qualquer coisa. Que metem o rabo no meio das pernas por qualquer coisa. A gente é rock!“.

Luis Mariutti falou em entrevista a Gastão Moreira em seu canal, sobre a decisão de não continuar o Shaman com um novo baterista. Ele disse:

“São muitos anos tocando com o Ricardo. As pessoas falam: ‘mas é só tirar o batera’. Não é assim também. Ele era parte importante da banda musicalmente. Assim como foi muito difícil achar o Alírio para encaixar a continuação após a morte do Andre”

Ele ainda completou dizendo, que “sentia como se de fato um ciclo se fechasse, que esse era um sentimento desde o período da turnê do último disco lançado, “Rescue”, que havia sido idealizado ainda com Andre Matos, e era uma homenagem a ele e que se encerrava após isso.”

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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