Rise of the Northstar – “Showdown” (2023)

Formado em 2008, o Rise of the Northstar conseguiu arrancar elogios de Joe Duplantier do Gojira. Conterrâneos franceses, Joe chegou a produzir um disco dos caras, que agora chegam com sua mais nova empreitada, “Showdown”, lançado pela Atomic Fire e distribuído pela Shimigami Records.

Classificar a banda em algum rótulo é algo difícil, mas digamos que pegaram o Korn, Body Count, Suicide Silence e uma pitada do Slipknot e um grão do Limp Bizkit e jogaram tudo no liquidificador.

Encontramos todos esses “biótipos” na abertura com a curta “The Anthem”, que grita em sua parte principal “northstar”, deixando impossível a tarefa de esquecer o nome da banda, e logo chegamos em “Showdown”, que passeia entre os versos do Korn e o encontro com o death metal. “Third Strike” poderia figurar em algo entre o primeiro e segundo discos do Slipknot, em choque com partes verdadeiramente brutais, terminando em berros caóticos de diversas bandas dos anos 90. “Crank It Up” é algo mais groovado e parece ter vindo diretamente do auge do new metal na década de seu nascimento, e impossível não associar a outro nome, o P.O.D nesse momento. “Shogun No Shi” é uma das mais brutais do disco e mantém o ritmo acelerado em seu todo, dando uma segurada no refrão mais arrastado, “Raijin” é cadenciada e puxa algo do Slipknot novamente, com riffs mais densos e de notas soltas e longas. “Golden Arrow” é um pouco diferenciada das demais, com um solo na abertura e finalizando, “Rise [ライズ]”, que da uma desacelerada e mantém uma pegada um pouco mais trabalhada que as demais, apesar de me soar um tanto repetitiva, soando como algo do Hatebreed. 

Eis aqui um disco conciso de si e enxuto. Não há nenhuma fórmula nova que não tenha sido experimentada há mais de 20 anos atrás. Dito isto, aos fãs principalmente do nu-metal e hardcore, não irão se decepcionar com nada que verão por aqui, pois de trabalhar essas influências esses caras entendem bem e conseguem criar um bom momento.

NOTA: 7

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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