Royal Blood Deixa sua Marca em Solo Brasileiro com Performance Eletrizante

Texto: Edson Sampaio
Fotos: Stephan Solo

Desde a última visita do duo britânico Royal Blood ao Brasil, era esperado que a banda retornasse, dado o grande número de fãs conquistados. E, na noite de ontem, 13 de abril, sábado, os britânicos demonstraram o porquê, com um público fervoroso e ansioso pelo início do espetáculo. Pontualmente às 21h00, Mike Kerr e Ben Thatcher iniciaram o show, com uma abertura de tirar o fôlego embalada pelo prelúdio da Suíte No. 1 para Violoncelo de Johann Sebastian Bach.

Ao adentrarem o palco sob aplausos, Royal Blood começou com as músicas “Boilermaker” (2021) e “Out of the Black” (2014), deixando claro o que estava por vir. A sonoridade mescla um robusto hard rock com uma abordagem moderna, quase tocando o alternativo. Enquanto a primeira música fazia o público dançar, a segunda provocava uma grande roda de bate-cabeça no meio da plateia. Próximo ao fim de “Out of the Black“, o baterista Thatcher se levantou, interagiu com o público, pegou uma bandeira do Brasil e sentiu a energia dos brasileiros cantando tão alto que mal se ouvia a voz de Mike, o que o surpreendeu, levando-o a exclamar: “Car***, é muito bom estar de volta“.

O show foi repleto de clássicos da banda, mas também apresentou seus trabalhos mais recentes, como “Mountains at Midnight” (2023), “Shiner in the Dark” (2023), “Supermodel Avalanches” (2023) e “Pull me Through” (2023), levando o público à euforia. Não houve muitas pausas, com as músicas variando entre baladas e ritmos agitados, mantendo todos em movimento. E é claro que não poderia faltar “Come on Over” (2014), conhecida por ser trilha sonora da série “Peaky Blinders“. Além disso, o conjunto também apresentou outros sucessos do mesmo álbum, como “Little Monster” (2014), com um solo de bateria incrível e “Loose Change” (2014). O álbum “Royal Blood” (2014) foi praticamente tocado na íntegra, com exceção de “Careless” e “Better Stranger“. Um dos álbuns que também recebeu alguma atenção, embora de forma mais discreta, foi o “How Did We Get So Dark?” (2017), destacando-se a faixa-título do álbum e “Lights Out“. Também foi explorado o álbum “Typhoons” (2021), incluindo também a faixa-título e “Trouble’s Coming“.

E algumas músicas menos conhecidas também estavam presentes, como “You Can Be So Cruel” e “One Trick Pony“; mesmo sendo menos conhecidas, não desanimaram o público.

Após “Loose Change” (2014), houve uma breve despedida, mas o público clamava por mais, entoando em uma só voz “Eu não vou embora”. O grupo retornou para mais duas canções, “Ten Tonne Skeleton” (2014) e “Figure It Out” (2014).

Apesar da falta de interação direta com o público, a apresentação, com uma música seguida da outra, manteve a magia do show intacta, com todos cantando como um grande coro, permanecendo até o fim. O espetáculo foi um verdadeiro testemunho da habilidade e carisma do Royal Blood, solidificando ainda mais seu lugar no coração dos fãs brasileiros.

 

Repertório:

  1. Boilermaker
  2. Out of the Black
  3. Mountains at Midnight
  4. Come on Over
  5. You Can Be So Cruel
  6. Lights Out
  7. Shiner in the Dark
  8. Supermodel Avalanches
  9. Blood Hands
  10. Trouble’s Coming
  11. Typhoons
  12. Pull Me Through
  13. One Trick Pony
  14. Little Monster + solo de bateria
  15. How Did We Get So Dark?
  16. Loose Change

Bis:

  1. Ten Tonne Skeleton
  2. Figure It Out

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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