Sebastian Bach diz que “tudo bem” Paul Stanley usar faixas gravadas nos shows do Kiss

A polêmica das faixas pré gravadas em shows continua até os dias de hoje, e um dos principais nomes que rodam sobre o assunto é o de Paul Stanley.

Sebastian Bach falou sobre o assunto ao responder uma pergunta do Syncin’ Stanley no YouTube:

Minha posição sobre isso é que se você está na casa dos 70 anos, se você tem 72 anos e precisa calçar botas monstruosas de cano alto e uma fantasia do Godzilla e prender-se a fios e voar até o topo do telhado e cantar, um cara dessa idade, eu realmente não tenho problemas com um cara na casa dos 70 ou 80 anos que pode usar a tecnologia para nos dar um espetáculo. Não consigo imaginar minha mãe, que tem 81 anos, não consigo imaginá-la cuspindo fogo e cuspindo sangue. Bem, posso imaginar a parte de cuspir sangue. Mas não me importo que a tecnologia seja usada como deveria, como um velho dando um show, dando o seu melhor. Mas ele é velho, certo? O que eu tenho é um maldito problema – desculpe minha linguagem, mas você sabe com quem está falando aqui – eu não gosto quando tenho uma banda de abertura de 23 anos e eles têm o show inteiro em uma faixa click e o os vocais de fundo estão lá. Você pode fazer isso facilmente – é tão fácil.

Não estou dizendo que sou o melhor cantor, e você pode ouvir isso nos meus vídeos do YouTube. Eu nem sempre canto bem. Ninguém canta. Novidade – nem todo mundo canta perfeitamente em todos os shows. Rock and roll não é isso. Você tem boas noites; você tem noites ruins.

Você não pode me falar sobre o uso de fitas em um vídeo. Eu sei quem está fazendo isso, sei quem não está, e se você quiser sentar e assistir ao vídeo comigo e me dizer que não está usando as fitas, eu vou te dizer que você está falando merda porque eu não uso fitas. E se você usar, não vou fingir que você está no mesmo nível.

Eu vi o Kiss cerca de quatro ou cinco vezes nos últimos três ou quatro anos, e ainda é o maior show de rock do mundo porque o Kiss… Não há nenhum show que tenha a emoção do Kiss. Quando as luzes se apagam e aquele baixo toca e então eles sobem no palco. 

Se o Kiss tivesse vinte e poucos anos, eu não gostaria que eles usassem fitas. Ou se um dia eles fossem como um atleta e dissessem: ‘Oh, acho que quero ser uma estrela do rock.’ E então eles simplesmente chegam lá e fazem polichinelos e colocam uma fita, eu tenho um problema com isso. Eu não tenho nenhum problema com um homem de 75 anos me dando o show que ele sempre deu, mas também… Nós não somos, como fãs, idiotas. Deveríamos prestar respeito a um cara como Paul Stanley por tudo que ele fez em toda a sua vida. Ter essa idade e ainda nos dar o show do Kiss… Sinto muito pelas pessoas que por isso não vão a um show do Kiss… A perda é sua.”

Quer saber como é estar em um show atual do Kiss? Leia aqui a resenha do show de 2022 e a apresentação no Monsters of Rock desse ano.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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