Skid Row – “The Gang’s All Here” (2022)

O Skid Row se tornou uma das bandas mais promissoras dos finais dos anos 80 e 90, mais pautada no hardrock, porém, atribuindo ao seu som elementos do heavy metal, o tornando mais encorpado e robusto.

Porém, convenhamos que após o disco de estreia e o espetacular “Slave to the Grind“, a banda entregou algo entre bom e mediano, e nem me refiro somente a saída de Sebastian Bach, pois o último disco com o mano nos vocais é algo bastante complicado de se aceitar, tentando ir numa vibe rumo ao grunge, mas que se perde no meio do caminho e acaba não rendendo muita coisa.

De lá para cá, se vão uns 30 anos e diversos nomes que ficaram a frente da banda, que parecia que em algum momento teria duas opções: ou fazia as pazes com Tiãozinho ou encerrava sua carreira. Até que em 2022, algo que surpreendeu a todos aconteceu.

Vindo do H.e.a.t, Erik Gröwnall seria a nova voz do grupo, e que estouro foi a sua primeira degustação do que viria a ser no futuro. Finalmente, pudemos ouvir em completo sua junção e assim nasce, “The Gang’s All Here“, lançado no Brasil pela Shinigami Records, o sexto disco do Skid Row soa exatamente como se espera do nome.

 Não digo isso por questões vocais, pois Erik é um grande vocalista e não se precisa discutir isso e caiu como uma luva no posto. Mas ao ser sangue novo e já com uma boa bagagem de sua banda anterior, ele renova o clima por ali e a banda traz uma vibe lá em cima como a injeção de novidades.

Os riffs pesados e groovados em “Hell if High Water“, são inspirados e Snake Sabo surge inspirado e revigorado. Erik é um show a parte, alternando entre agudos e drives com a voz lá em cima. Abertura de impacto e marcante, que já abocanha o ouvinte. A faixa título chega na sequência cheia de gás e o tempo não para “Not Dead Yet” chegar com dois pés na porta e com certeza será um dos grandes momentos dos shows da banda. O álbum continua com um bom pique sem dar respiro, mas claro que se tratando de um disco do Skid Row, uma balada seria obrigatório surgir em algum momento, e assim temos “October’s Song“, que parece ter vinda diretamente dos anos 90, com um belo refrão e mais uma vez Erik ganhando todos os holofotes para si. E o encerramento em “World on Fire” é a amarra levando o seu nome a finco, colocando fogo no mundo com a sonoridade crua e direta, acertando em cheio em como finalizar uma obra desse tamanho.

Ainda é cedo para se dizer que temos um novo clássico aqui, mas que sem dúvida entra como um dos melhores trabalhos do Skid Row já feitos, listando fácil em seu top 3. O que virá pela frente sem dúvidas é mais do que promissor e já estou ansioso para ver o que o tempo fará a essa fusão.

NOTA: 8

 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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