Sonata Arctica – “Acoustic Adventures Volume One” (2022)

A popularização do formato acústico nos anos 90 foi algo absurdo. Não que ele já não existisse antes, mas com a série “Unppluged” da MTV, essa roupagem realmente pegou, e daí diversos petardos do rock nasceram vindos das mãos de nomes como o Alice in Chains, Nirvana, Kiss, Scorpions, entre outros tantos.

Algumas bandas parecem não conseguirem se adequar a este tipo de show, e talvez o Sonata Arctica em um primeiro momento pudesse se pensar que era uma dessas. Mas com o trabalho “Acoustic Adventures Volume One“, lançado pela Atomic Fire e com edição nacional pela Shinigami Records, eles mostraram ao contrário.

A banda consegue espremer o seu som e condensá-lo dentro desse molde e assim atinge um álbum no mínimo curioso de se ouvir, pelo menos aos que não são lá tão fãs assim do grupo. Aos amantes, com certeza será um grande momento.

Ousando já na abertura, eles trazem uma faixa bônus para cartão de visita, e assim “The Rest of the Sun Belong to Me“, mostra exatamente o que o ouvinte encontrará pela frente, com algo bastante intimista e de contornos novos, não ao ponto de surpreender, mas de simplesmente fazer se curtir o som. Daí em diante, praticamente toda a obra da banda será visitada nas 12 faixas que o trabalho apresenta. Há momentos em que se arriscam, como durante toda sua carreira que com início no gótico, foi trazendo novos elementos, alguns do hard rock outros do AOR, e aqui, até o folk é alvo dos músicos, como visto em “Paid in Full“. O vocalista Tony Kakko mostra porque tem uma leva de fãs tão grandes, e “As If the World Wasn’t Ending“, com contornos leves do progressivo, traz um dos melhores desempenhos das vozes.

Talvez este não seja daquele pratos cheios para os que não são apegados ao grupo, mas com certeza seus fãs irão se deliciar ao descobri como cada música ficou em sua nova versão, e eles não ficarão insatisfeitos.

NOTA: 7

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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