Resenha: Lancer – “Tempest” (2023)

Contando com mais de dez anos de carreira, o Lancer lança seu novo álbum, “Tempest”, pela Fireflash Records e distribuído pela Shinigami Records, onde a banda vem não tentando inventar algo mirabolante, mas na proposta de se fazer só o bom e velho heavy metal.

E é aí que eles se acertam, entregando de cara na abertura com “Purest Power“,contando com todos clichês do rítmo, com crescendo de bateria, riffs que entram dando o tom da música, e voz rasgada do vocalista Jack L. Stroem chegando para dar a cereja do bolo. “Fan the Flames” é algo que brinca com o heavy e o power metal, com guitarras duplicadas e bateria acelerada e marcada durante todo o verso. “Entity” é o momento de todos cantarem junto o refrão, que certamente fará um bom coro nos shows que a banda apresentar! A faixa título, “Tempest”, certamente é um dos melhores momentos por aqui, mais marcada na introdução, para se abrandar mais nos versos, se tornando mais melódica e calma, e dando a base para um refrão que funciona muito bem. “Blind Faith” é ágil e marcante, mostrando uma ótima dinâmica e abre espaço para a agressiva “We Furiosly Reign“, que traz bons riffs e boas linhas vocais. “Eye for an Eye“, tinha tudo para fechar o disco com apreço do que a música que realmente executa a tarefa, principalmente pelos bons momentos vocais ali em contrapartida da mesmice de “The Grand Masquerade“.

O Lancer entrega um bom disco, sem exageros ou sem pretensões, como dito. A mesmice da fórmula podem se tornar cansativas em dado momento da audição e da sua quase um hora de duração, mas ainda assim, é um bom material que vale a pena ser conferido aos que sempre buscam algo que faça remeter ao passado de outra era do heavy metal.

NOTA: 6

 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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