Resenha: Theocracy – “Mosaic” (2023)
O Theocracy levou sete anos para idealizar idealizar seu novo disco, dando continuidade ao trabalho de “Ghost Ship” de um já longínquo 2016.. A banda foi dealizada por Matt Smith, e encarna um power metal robusto e moderno, que se potencializa em “Mosaic”, o seu novo disco, lançado pela Atomic Fire Records e vindo ao Brasil pela Shinigami Records.
A faixa de abertura, “Flicker”, traz os elementos mais certeiros do power metal, e que irá fazer os fãs pirarem. Guitarras agitadas, rápida e carregadas de virtuose. Smith traz uma voz bastante adequada ao que a proposta da banda traz, e é mais um momento bastante agradável aos fãs do “metal espadinha”. “Anonymous” já traz um peso mais robusto, em uma canção mais encorpada. “Return to Dust“, é uma música grudenta e que ficará permeando a mente do ouvinte durante algumas horas após a audição do disco, principalmente em seu refrão grande e que preenche cada área do som.
O disco ganha momentos maiores em sua metade final, como a épica “Liar, Fool, or Messiah“, que é uma verdadeira montanha russa sonora em seus quase oito minutos, e uma introdução matadora, com riffs densos e caindo em versos mais cadenciados. “Red Sea“, encerra o disco com nada menos do que 19 minutos, que viajará por diversas referências sonoras ao ouvinte mais experiente, como uma certa “Stargazer”. Acredito que a banda poderia ter optado por cortar alguns minutos dessas músicas finais, que poderiam alcançar um ápice maior com menos tempos, como a própria última faixa, que após passear por tantos lugares, não havia necessidade de se esticar seus últimos 7 minutos.
Ainda que com essas questões, o Theocracy consegue se sair melhor do que no exemplar anterior, e entrega um trabalho muito bem amarrado e que acerta em acrescentar elementos de outras vertentes, ao invés de se repetir em mesmices ou correntes estilísticas. Aos que tiveram a paciência pelos sete anos de espera, a recompensa é justa!
NOTA: 7