Resenha: Deicide – “Banished by Sin” (2024)
Depois de quase seis anos, com uma pandemia no meio, o Deicide volta a nos brindar com um novo álbum. A banda, capitaneada pelo polêmico Glen Benton, que comemora 35 anos de existência, acaba de lançar seu 13° álbum, “Banished by Sin“.
O novo álbum marca a estreia da banda por um novo selo, a Reiging Phoenix Music, com o qual eles assinaram depois que o vínculo com a Century Media terminou. Temos também a estreia do guitarrista Taylor Nordberg. Lançado no último dia 26 de abril, “Banished by Sin” foi produzido pelo próprio Deicide, mais precisamente pela dupla Glen Benton e Steve Asheim, além de contar com a mixagem e masterização feitas por Josh Wilbur, parceiro de longa data do Lamb of God. Infelizmente os fãs brasileiros terão de se contentar com a versão importada do play, ou então ouvir das plataformas de streaming.
“Banished by Sin” mostra o Deicide de sempre: rápido, agressivo, brutal e principalmente, anticristão e eu só quero ver a cara do headbanger que votou em inelegível nas últimas eleições e que apoia gente do caráter duvidoso como Silas Malafaia, Ana Paula Valadão e Feliciano. Como eles irão reagir a isso? Não dá pra ser banger e conservador, Glen Benton só traz esse lembrete aos desavisados. Mas voltando à sonoridade, além de todas as características marcantes que a banda sempre trouxe consigo, eles conseguiram colocar um pouco de modernidade nas composições. Calma, caro leitor, é só um pouco e não é nada que transforme o som da banda em comercial. Mas alguns solos com melodias e bem técnicos são aspectos positivos que devem ser destacados aqui.
O play tem doze petardos e dura 38 minutos, o que dá uma média de 3 minutos por música. Todas as canções são de um poder de letalidade pouco vista pelas bandas na atualidade. A nova dupla de guitarristas se mostrou bem afiada e as linhas de baixo de Glen Benton estão pesadas e sombrias. E quem acompanha a banda, já viu pelas entrevistas concedidas por Benton que o álbum viria com essa pegada, como dissemos acima, mais moderna, que o baixista/ vocalista creditou à paixao do baterista Steve Asheim pelo Rock Progressivo. Temos coisas técnicas no play, talvez não tão técnicas quanto outras bandas do mesmo gênero, como Cannibal Corpse e Death, mas não dá pra dizer que o Deicide é musicalmente tosco.
Vai agradar em cheio aos fãs de Death Metal, agradará também aos que curtem letras cheias de blasfêmias. Poderá agradar também aos que possuem mente aberta e disposta a conhecer a sonoridade do Deicide, que não decepciona nunca. E por falar em decepção, ficamos felizes por Glen Benton ter desapontado a alguns fãs quando decidiu por não cometer suicídio no palco quando tivesse 33 anos, como havia prometido.
NOTA: 8.0