A banda de Kerry King é um supergrupo? Mark Osegueda responde

Sempre que uma banda reúne diversas estrelas juntas em um único projeto, essa banda ganha é batizado como um “supergrupo”. Será que esse é um rótulo que se pode aplicar a nova banda de Kerry King?

No sexto vídeo de uma série de entrevistas feitas para promover o disco “From Hell I Rise”, o vocalista Mark Osegueda falou sobre o assunto. Ele diz:

 “Acho que esse termo foi usado em excesso, e para essa banda, não sinto que seja isso. Acho que Kerry sabia o que queria em seu disco, e sabia como queria que soasse, e basicamente escolheu a dedo as pessoas que ele achava que poderiam fazer isso. Claro, todos nós temos pedigrees por estar em outras bandas, mas é só porque somos bons em nosso ofício e o levamos a sério. E também nos damos muito bem, então isso ajuda. E quando você está morando em um ônibus por semanas ou meses, você quer estar cercado por pessoas que você gosta da companhia delas, mas também quer respeitar o quão boas elas são no que fazem. E definitivamente há um respeito mútuo entre todos nós pelo que fazemos. E nós nos damos bem. Então não acho que “supergrupo” se aplique a isso. Acho que é um grupo que simplesmente traz isso.”

Mark ainda falou sobre como foi escolhido para o posto. Ele comenta:

“Eu queria o show quando soube que Kerry estava montando uma banda. E quando o Slayer disse que eles estavam encerrando, Kerry deixou bem claro logo de cara que ele não tinha terminado. E eu mandei uma mensagem aleatória para ele uma vez, eu mandei uma mensagem fria dizendo ‘Eu sei que você está montando um projeto. Eu só quero que você saiba que estou muito interessado nisso. Estou jogando meu chapéu, no círculo.'”

Osegueda terminou falando sobre como ele usa a sua voz na banda de Kerry King:

“Eu entrei com confiança. Eu tenho que dizer, eu entrei com confiança. E eu tinha que fazer isso. E eu queria entregar performances vocais originais, e deixar claro que esse disco seria o melhor disco que poderia ser, vocalmente, para mim. E eu sei que as pessoas não sabiam o que esperar, porque as pessoas começaram a ter indícios de quem mais estava na banda. E os vocais eram como um grande, grande segredo. E quando eu entrei, eu queria deixá-lo confiante de que ele escolheu o cara certo. Ele escolheu o cara certo. E minha abordagem para isso foi agressiva e intensa. E também sei que ao vivo provavelmente faremos algumas músicas do Slayer. Isso é assustador para mim? Não é. Não é. Porque eu amo muito a banda. E eu sei que as pessoas vão criticar sobre isso, mas também estou confiante o suficiente para fazer justiça a essas músicas. Eu definitivamente farei justiça a elas, para dizer o mínimo. Então, eu acho quando as pessoas virem isso, quando ouvirem esse álbum inteiro, ele terá sua própria identidade, com certeza. E quando estivermos lá ao vivo, a energia será inegável. E estou confiante de que todos nessa banda farão dela uma força ao vivo a ser reconhecida.”

Além de King e Osegueda, a banda é composta por Phil Demmel (guitarra; Machine Head, Vio-lence), Kyle Sanders (baixo; Hellyeah) e o baterista Paul Bostaph.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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