A resposta de Andreas Kisser à Max Cavalera dizendo que “Sepultura não é mais a mesma banda”

No mês passado, Max Cavalera afirmou em uma entrevista, que “o Sepultura é mais a mesma banda“.

Em conversa com Cassius Morris, Andreas Kisser falou sobre o comentário do ex companheiro. Ele também foi novamente perguntado sobre a possibilidade dos irmãos Cavalera estarem em algum show da tour de despedida do Sepultura. Ele diz:

 “Sim, o último show, com certeza. A ideia é convidar todos que fizeram parte do Sepultura, como músicos — todos, roadies e tudo mais, pessoas que foram tão importantes em momentos específicos da nossa carreira e história que fazem esta banda estar aqui hoje. E, claro, isso inclui os irmãos Cavalera , o que será incrível se os tivermos para tocar.”

Sobre a separação não amigável, ele diz:

 “Não estou interessado em discutir quem está certo, quem está errado sobre a história e todas as besteiras pelas quais passamos e etc., a política por trás de tudo. Isso é totalmente irrelevante. Seria ótimo simplesmente subir no palco, tocar para nós mesmos, para nossas famílias e para nossos fãs especialmente e celebrar um último show todos juntos. E é isso. Espero que isso aconteça. E não apenas os irmãos Cavalera, mas outros ex- membros, Jairo e Jean Dolabella, Eloy Casagrande e Roy Mayorga, e tantos outros músicos que foram tão importantes em nossa história. Então, independentemente da participação de A ou B, vamos celebrar a nós mesmos. Se eles quiserem fazer parte da festa, são bem-vindos.

Não vamos chegar a um acordo. E isso não importa. É totalmente desnecessário, esse acordo. É só, tipo, vamos respeitar o que temos juntos. É uma história linda. Construímos algo tão especial e tão poderoso. E seria incrível ter essa chance de tocar uma última vez em nome da música. Todo o resto é irrelevante.”

Andreas também falou sobre seu relacionamento com o baixista Paulo Xisto Pinto Junior , que é membro do Sepultura desde 1984. Kisser disse:

“Ah, é ótimo. Paulo é meu irmão, desde o primeiro dia. Ele foi o primeiro que eu realmente conheci em Belo Horizonte. Ele abriu as portas de sua casa. E desde então, moramos juntos por alguns anos. E ele é o padrinho do meu primeiro filho. E nos conhecemos por todo esse tempo que estou no Sepultura, desde 1987. E passamos por tantas coisas diferentes juntos. E nossa amizade e irmandade estão mais fortes do que nunca. E ele é um músico muito melhor hoje. Ele passou por tantas coisas pessoais diferentes para melhorar e se tornar confiante.

O álcool era um grande problema dentro das nossas famílias e dos nossos negócios, todas essas coisas que acontecem, o álcool era um grande problema”, explicou Andreas . “E agora não bebemos. Estou há cinco anos sem álcool. O Paulo está há uns três ou quatro anos. O Derrick não bebe há seis anos. É incrível, cara. É o máximo. Ele está tocando melhor do que nunca. Ele é uma pessoa melhor, um pouco mais focado, mais ligado em tudo. Acordamos sem uma ressaca do caralho e economizamos muito dinheiro, sem gastar com álcool. Então, sim, nos ajudamos. Somos uma família. Ele é basicamente o principal motivo de ainda estarmos aqui. [Tivemos] tantas mudanças diferentes ao longo da carreira do Sepultura, e ele é o único que ainda está aqui desde o começo. É fantástico.”

O Sepultura continua sua turnê de despedida e espera lançar um disco ao vivo com diversos registros dessa tour.