Andreas Kisser diz que maneira que Eloy Casagrande escolheu deixar o Sepultura foi “esquisita”
Andreas Kisser voltou a falar sobre a saída de Eloy Casagrande do Sepultura, poucos dias antes da banda começar a sua turnê de despedida.
Conversando com o podcast Xablau, ele foi perguntado se ele e os demais integrantes sabiam que o motivo era a chegada de Eloy no Slipkot. Andreas diz:
“Não, ele falou no dia, né? Lógico que ele falou… mas não era a nossa obrigação ou missão anunciar isso, né? A gente não tem nada a ver com a história dele com a banda, mas foi bem esquisito.
Acho que o fato dele ir para o Slipknot é um fato normal, acho que a qualidade de baterista que ele tem, né? Pô, pode tocar em qualquer banda do mundo, sem dúvida nenhuma. Mas eu não sei, acho que o momento e a a maneira como ele escolheu fazer, foi bem esquisito
Mas em dois dias a gente estava com o Greyson acertado. Era um cara que eu já estava seguindo há muito tempo. Muito tempo não, há um tempo já, o Yohan, meu filho, que tinha me mostrado os vídeos que ele posta, tocando jazz… Ele tava tocando com o Suicidal Tendencies também, né?
Cara, foi sensacional. As coisas têm que ser do jeito que tem que ser, né? Cada um é livre para escolher o que fazer e como fazer e arquem com as consequências. Eu acho que a gente está num momento sensacional, sabe? Não podia ser melhor estar o Greyson aqui com a gente. Acho que era o espírito que a gente precisava mesmo, de celebração, de respeito à história, aos fãs, aos ingressos que já estavam sendo vendidos.
A gente estava há dois anos discutindo esse planejamento. O anúncio foi feito dia 8 de dezembro do ano passado, com o Eloy incluso, né? Em janeiro a gente foi pra NAMM, feira de música [realizada em janeiro, nos EUA], inclusive, [no] mesmo voo, a gente pegou e tudo, [Eloy] não falou nada. Na volta ele veio e falou que estava fora, né?
É respeito, é ser honesto com você mesmo
Enfim, mas, cara, assim, Sepultura é movido a isso, né? Mais desafios, né? Porque a equipe do Sepultura é fantástica, os fãs são fantásticos. No primeiro show a galera tava gritando ‘Greyson, Greyson’. Um abraço maravilhoso, com muito amor e respeito. E isso que o Sepultura é, né? É respeito, é ser honesto com você mesmo e encarar as coisas de frente, sem medo.”
O Sepultura segue a sua “Celebrating Life Through Death“, turnê em que se despede dos palcos. O trecho do vídeo pode ser visto aqui.