Black Sabbath sai do palco imortalizado… sem despedida, um agradecimento
Ouso começar este texto parafraseando Scott Ian, “estamos aqui hoje, não para se despedir, mas para agradecer…“
Há muitas décadas atrás, quatro cara se juntaram e pensaram em fazer músicas, o que ele não pensaram, foi que não estariam só fazendo músicas, estariam mudando toda a indústria, toda a forma de se fazer composições, estavam criando um novo gênero.
Em 5 de julho de 2025, esses quatro caras se juntaram mais uma vez, uma última vez, estavam eles juntos em um palco em sua cidade natal, Birmigham, para darem o seu derradeiro suspiro.
Não se tratava de uma despedida só dos quatro cavaleiros do apocalipse, mas de um deles em especial. Ozzy Osbourne também se despedia de sua carreira solo e antes do prato principal, tivemos um aperitivo de alta categoria.
O Madman cantou quatro faixas de sua carreira solo, sendo acompanhado por Zakk Wylde, Mike Inez, Adam Wakeman, e Tommy Clufetos. “I Don’t Know“, “Mr. Crowley“, “Suicide Solution”, “Mama, I’m Coming Home” e “Crazy Train” foram escolhidas para coroar esse momento tão emblemático.
Ozzy surgiu com toda a pompa que o figurino lhe manda, aparecendo de debaixo o palco como se emergindo das chamas em seu trono e assumindo ali seus últimos minutos como cantor.
Reviver esses clássicos, em um dia tão importante e monumental como esse é algo surreal, mas ainda mais potencializado quando o clássico “Mama, I’m Coming Home” foi entoado, com delicadeza do violão de Wylde, luzes de celulares, um Ozzy visivelmente emocionado, de voz embargada e olhos marejados, assim como todo o mar de gente que estavam ali para presenciar esse momento, e alguns em casa também, diga-se de passagem.
Mas ainda havia mais por vir…
A noite era deles, e assim foi. Um filme passa no telão e um nome em chamas surge nos telões, as luzes se apagam e uma sirene toca, para então a cor vermelho tomar conta do estádio. Aos poucos eles surgem, Ozzy, Tony, Geezer e Bill, o Sabbath uma vez mais e a última, eles estavam ali se despedindo, mas não só isso, coroando a história, colocando o seu nome (como se precisasse), de uma vez por todas no panteão dos imortais do mundo.
Os primeiros riffs de “War Pigs” então surgem e começa ali a nossa despedida e nosso agradecimento e é impossível não se emocionar mais uma vez com essa entrada tão poderosa e fulminante. Tudo em perfeita harmonia, como se os astros se alinhassem e tudo ficasse em seu lugar, como se a rotação da Terra parasse para assistir a esse momento.
“N.I.B” vem na sequência, com as cordas de Geezer pesadas como cabos de aço de um guindaste fazendo um mini solo antes da paulada vir por completo. Ozzy apresenta então seus companheiros, e se apresenta como “i’m Iron Man“, e é a deixa para o simbólico riff surgir e mais um clássico se despedir dos palcos com direito a BillWard tirando a camisa para marcar as cordas de Tony com seu pesado bumbo. Derradeiro suspiro e a escolhida foi “Paranoid”. Mais lenta, mais de acordo com o momento, a música que já era uma gigante do catálogo do Sabbath, agora ganha mais realce por marcar como a última canção tocada pela banda.
A despedida da banda é justa e adequada, falarmos das limitações de Ozzy, que ele próprio pareceu enxergar ainda em seu set solo, seria desrespeitoso e sem necessidade diante de tudo que vimos nesse dia, mas o fato é que eles tiveram sua chance de saírem de cena fazendo o que sempre fizeram de melhor e tão grande. E nós, nós tivemos o privilégio de vivermos na mesma época que o Black Sabbath, por sua trajetória, com Ozzy, com Dio, com Tony Martin e com tantos outros nomes que compuseram esses anos de estrada e de história!
Nós? Nós tivemos a oportunidade de dizermos obrigado, e não nos despedirmos, pois agora é a hora do descanso merecido, mas se despedir? Como uma lenda se despede? Ela vive, eras e era e eras, e assim será a lenda, BLACK SABBATH!
Foi um showzaço!!!! Cresci vendo e ouvindo o som desses caras, mudaram a minha vida!!!! Particularmente adoro o ¨Vol. 4¨, porque alé de ter boas músicas me trazem boas lembranças da minha juventude!!!! A musica em si liberta emoções, envoca e também volta ao passado para recordar essas lembranças boas!!!! Sabbath é vida, música, religião e acima de tudo filosofia de vida!!!! Valeu!!!!
Legal. Abraços!