Fernanda Lira e o seu propósito como artista

Fernanda Lira, baixista e vocalista da Crypta, falou em entrevista ao Daily News, sobre o seu propósito como artista. Ela comenta sobre seu lado pessoal engajado na política:

Muitas das referências que ouvi no metal são de bandas que não eram realmente vocais em política ou problemas sociais. Meu propósito como artista não é apenas tocar ou falar sobre música. É também usar minha voz para pessoas que não podem falar e para aquelas que sofrem. É uma maneira importante de fazer as pessoas começarem a pensar e talvez começar a debater, o que pode ser bom, frutífero e significativo para a sociedade.

Fernanda ainda falou sobre como tem uma certa perseguição ao ter gostos musicais que vão além do metal, como o seu gosto pela cantora Beyoncé. Ela comenta:

Quero ser livre e ajudar os outros a se sentirem livres na cena do metal também. Não me importo que as pessoas não se identifiquem com tudo o que estou dizendo ou fazendo. Não concordo 100% com todos os artistas que ouço e consumo. Vejo mais metaleiros agora abrindo suas mentes, corações e ouvidos para diferentes perspectivas e maneiras de ser um metaleiro. Como se eu fosse um metaleiro, mas ainda pudesse ouvir outras coisas e fazer turnês sem beber o tempo todo.”

Ela ainda comentou sobre o impacto de outras mulheres ao vê-la no palco:

Elas se sentiram inspiradas porque nos viram lá fora vivendo o sonho. Eu sei que senti que meus sonhos eram ilimitados quando vi outras mulheres lá fora em turnê. Lembro-me de como isso me fez sentir, e pensei que se elas conseguiam, eu também conseguiria. É um privilégio poder fazer o que amo, mas também inspirar mais garotas a entrar na cena do metal.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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