Resenha: Jelusick – “Follow the Blind Man” (2023)
Dino Jelusick talve seja um dos nomes mais proativos no meio da música pesada atualmente. O cara trabalha com o Whitesnake, com o Trans-Siberian Orchestra e ainda arruma tempo para trabalhar em um projeto solo com seu próprio nome.
E é exatamente sobre esse projeto que iremos falar hoje. Recentemente, lançando seu novo álbum, intitulado “Follow the Blind Man“, o trabalho se mostra impecável, uma grande amostra de musicalidade aflorada, trazendo pitadas de cada um dos seus trabalhos, aliados a algo moderno e robusto, cheio de peso!
Logo com a poderosa abertura com “Reign of Vultures“, já tomamos conhecimento do que vem pela frente, com uma música densa, rápida e com riffs cavalgados de Ivan Keller, junto dos brutais contratempos da bateria de Mario Lepoglavec. A música é forte e cheia de presença, com um refrão marcante e que pega em cheio. “Died” é um metal mais cadenciados, carregado por arpejos e linhas mais retas. “Animal Inside” é dona de timbres mais limpos, com Dino abusando dos drives nos versos e caindo em um refrão de mais melodia e que se torna a chave da música, além de um solo de teclado feito pelo próprio, que busca influências em Derek Sherinian. Na sequência, as coisas se amenizam um pouco com a harmoniosa faixa título que melodias marcantes e de profundas camadas, mostrando a veia hard do líder do projeto. O que vem em seguida, é a parte mais bruta do disco. Com a “What I Want“, com um presença do baixo de Luka Broderick que demanda o tom, agressivo e pesado. “Acid Rain” é facilmente um dos melhores momentos do álbum, com riffs impressionantes, e Dino empreendendo todo o poder de sua voz, em tons altos e mesclando a gritos e até guturais em uma parte dos versos. Grande momento, também pela guitarra de Keller que brilha em polvorosa aqui. “The Healer” é mais uma cadenciada e outro momento perfeito de Keller brilhar, mostrando que é um guitarrista que merece mais atenção do que tem, e emendando a dramática “The Great Divide“, que tem um grande refrão. “Fly High Again” é um dos singles do registro, e não a toa, pois é uma das melhores faixas de todo o trabalho. Os versos cadenciados em perfeita sincronia da guitarra e da bateria dão gancho para o refrão grandioso, com teclados dramáticos e melodias cativantes, além de um solo de guitarra matador. Um acerto em cheio propôr a música como cartão de visita. O disco encerra com “Chaos Masters” e “The Bitter End“, que não acrescentam tanto no andamento do todo, além de mostrar bons momentos de Dino e sua banda novamente.
Dino Jelusick mostra ser um dos rockstars de seu tempo com o conjunto completo. O disco de estreia mostra um grande trabalho do músico que encara o desafio de colocar seu nome estampado em um álbum, e não faz por menos ao aceitar a empreitada e investir nela. Que este seja só o primeiro pilar da escalada desse nome tão promissor.
NOTA: 8
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