Kiko Loureiro comenta como Nirvana e o Korn mudaram o rumo do metal e rock nos anos 90

Kiko Loureiro foi o convidado do podcast Flow nesta quinta feira, onde ele falou sobre os rumos que a música pesada na década de 1990.

Quando perguntado se ele se incomovada com o Angra ter sido apelidado de “metal espadinha”, ele disse:

“O Helloween não usava espada,, aí virou esse negócio do etal espadinha mas a gente tava contra a onda americana. No começo dos anos 90 Você tem o o Black Album do Metallica, você tem o Megadeth com com “Rusting In Peace”, mas aí também é um estilo diferente o mais parecido com Angra, tava na Europa e ia pro Japão que era
uma coisa já meio ultrapassada, essa mistura com música clássica que o Deep Purple fazia, era mais ultrapassada. Mas ainda ia bem no Japão virtuosismo nos anos 80, o virtuosismo. Quando entra no começo dos anos 90, principalmente quando vem o Nirvana, é tipo, do dia para a noite acaba o virtuosismo na música acaba. A busca do Van Halen com aquele super solos, tudo isso que vem nos anos 80 e meio que quebra com a vinda do Nirvana. A música tem seus ciclos. E o ciclo começa a ficar exagerado, então assim, ah vou vesir colorido no anos 80, ficar aquela coisa quando você vai ver os caras tão de Mötley Crüe, Poison, os cara de batom, de lgin, cabelo tipo rosa. Começa a ficar muito exagerado, aí vem um camisa de flanela não, sabe tocar direito, com uma energia, com a letra falando diretamente, sabe assim eram os caras. Muito Rockstar sabe assim ficou um negócio tô no pedestal aqui, Bon Jovi e tal, aqueles super shows, aqueles vídeos e de repente cortou aquilo. Sou igual a você, uso a roupa igual a tua, o tênis igual o teu, também não sei tocar direito, mas a letra conectam e a música melodia, e os acordes estilo. Veio o Nirvana quebrou os caras nos Estados Unidos, quem tava ali naquela época conversando muito com os caras do Megadeth, eles falam cara foi de um dia para noite os caras mudaram tudo, o videoclipe tocando na MTV e tal, não toca mais, acabou.”

E continua falando sobre a conexão entre pessoas e o mais simples:

É porque eu acho que chegou muito limite, tem os caras tocando para caramba, assim tipo, não conecta mais entendeu? É como eu vejo né, como eu tava ali, a gente tava assim. Eu vi quando começa a acabar esse movimento dos caras virtuoses fazendo duas guitarras que vinha do Saxon do Iron Maiden, isso tá vindo do final dos anos 70, Saxon a Maiden e outras bandas assim, Scorpions, isso aí tudo bandas anos 70 que tem o seu auge no 80. Claro que essas mais lendárias estão até hoje aí, enche estádios e tal, mas todo o movimento, vem Nirvana, Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers, tudo isso é diferente, não tem uns caras solando para caramba.”

Na sequência, Kiko lembra nomes do alternativo que também moldaram a música nos anos 90 a levando para outros lugares:

Tem Tom Morello, do Rage Against The Machine, isso o que que é uma busca de outros caminhos que não seja aquele do virtuosismo dentro do metal. Você tem o Korn, você tem o próprio Sepultura ali no começo o jeito que o Andreas toca, o Korn que são efeitos guitarra de sete corda, que até então não se usava entendeu, nem tinha, então mudou o meio que vai mudando o gosto. Então são ciclos da música.”

Kiko ainda abordou as diferenças de como se ouve música hoje e anos atrás:

Quando você vê alguém ouvindo música, um cara de 15 a 20 anos ouvindo música eu tenho a impressão que é mais plural, assim, ouve mais misturado as coisas que a gente ti o era a gente era um pouco mais fechado no estilo porque a MTV tinha uma cara e aí você tinha alguns programas de rádio que era de ah domingo à noite vai ter o programa de rádio de metal. Aí você fica lá domingo à noite pra ouvir as músicas que você gosta porque se você não for no domingo à noite não tem mais.”

Este é o segundo podcast que Kiko Loureiro participa essa semana, desde o seu retorno ao Brasil. Na terça feira (28), ele esteve no Amplifica, de Rafael Bittencourt, onde ele falou sobre a sua decisão de deixar o Megadeth.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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