Resenha: Biohazard – “Divided we Fall” (2025)
A espera finalmente terminou. Depois de 13 longos anos, os novaiorquinos do Biohazard estão de volta com “Divided we Fall“, o décimo álbum desta banda amada tanto por fãs de Hardcore quanto por fãs de Metal.
O sucessor de “Reborn in Defiance” foi lançado nesta sexta-feira, 17, em CD somente na gringa, através do selo KLKIIBKK e também nas plataformas de streaming. A banda se reuniu novamente em 2022 e nós brasileiros tivemos a oportunidade de conferir shows que aconteceram no Rio de Janeiro e em São Paulo, no antigo Summer Breeze Brasil, agora renomeado Bangers Open Air.
O álbum conta com a produção de Matt Hyde, conhecido pelos trabalhos com Slayer, Hatebreed e Deftones, “Divided we Fall” mostra que a banda ainda está em plena forma e que ainda tem muito a contribuir com a cena. As gravações aconteceram no Shorefire Recording Studios, em New Jersey e também no The Hydeway, na Califórnia. A capa é bem simples e traz o logotipo da banda sob um fundo preto e na parte de baixo, o título do álbum.
A banda segue com discurso forte, criticando, principalmente, aos poderosos que incitam que as pessoas briguem entre si, enquanto eles (os poderosos) lucram com isso. O próprio título do álbum é um recado aos que brigam enquanto uns poucos se beneficiam, quando deveriam se unir e lutar pelo bem-estar comum, o que está longe do ideal.
O Biohazard conseguiu transmitir essa fúria contra o sistema em música pesada e agressiva. “Divided we Fall” traz onze músicas, cada uma mais poderosa do que a outra, tudo isso em 38 minutos. Os destaques ficam por conta de faixas como “F**k the System“, “Word to the Wise“, “War Inside me” e “Tear Down the Walls“. Evan Seinfeld e Billy Graziadei seguem dividindo os vocais como sempre fizeram, enquanto que Bobby Hambel dá conta do recado na segunda guitarra e Danny Schuler arrebenta tudo na bateria.
A escolha para a produção não poderia ter sido melhor. Matt Hyde deu a modernidade que o Biohazard precisava, sem que o quarteto abrisse mão de sua excelência na arte de fazer música pesada. É muita raiva acumulada e tudo foi devidamente exposto quase que com perfeição cirúrgica.
Comparações com os grandes clássicos da banda são inevitáveis e não vamos fugir delas. Claro que álbuns como “Urban Discipline“, “State of the World Address” e até mesmo “Mata Leão” estarão para sempre entre a santíssima trindade do Biohazard. Mas este “Divided we Fall“, não fica muito longe deles não. Será facilmente listado entre os melhores álbuns lançados no presente ano, que como já se aproxima do final, não terá muito tempo para sair das primeiras posições. O tempo separado fez com que eles voltassem ainda melhores.
NOTA: 9.0