Resenha: Cult Of Ares – “Broken Horns” (2023)

Se fazer música pesada no Brasil é difícil, imagina na Venezuela? Beleza e se a pessoa se mudar para a Hungria, será que a coisa melhora? Essa é a situação de Andrew Ven-Hun e seu Cult Of Ares que nada mais é do que uma one-man-band com o citado tocando 95% do que se é ouvido em “Broken Horns”, seu álbum de estreia lançado recentemente e definitivamente não é o melhor dos mundos, mas o underground internacional não difere muito com o do Brasil. Uma curiosidade: Andrew fez testes para ser o novo vocalista do Fear Factory no lugar do demissionário Burton C. Bell, mas não ficou com a vaga…Cest la vie.
Não se deixe enganar pelas duas faixas de abertura,  “Decived-(Sly)” e “Impure”, ambas com uma pegada bem Modern Metal, o que temos por aqui é algo muito influenciado pelo Grunge, mas nada como um Pearl Jam ou Soundgarden da vida, são apenas influencias de um som que soa bem moderno.
Meus destaques absolutos ficam com as ótimas “Error+1” e “Touch, Peel, Stand“. A primeira bem melancólica com uma introdução acústica bem criativa, enquanto “Touch, Peel, Stand” seria o “hit” desse trabalho com tudo que uma música mais acessível pede: riffs bem pegajosos e um refrão muito acima da média com direito a um solo de guitarra bem criativo cometido pelo único convidado do álbum, David Bodri.
São apenas oito músicas, mas já deu para sentir que com uma estrutura de alguma gravadora, o Cult Of Ares tem boas chances de ter seu lugar relevante no meio de tanta coisa sem expressão no mundo musical. Só nos resta torcer e esperar…
Nota: 8,0

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