Resenha: Daniel Fonseca – “Alienize” (2022)
Daniel Fonseca é um prodígio brasileiro, que com apenas 16 anos, está chamando atenção da cena pesada nacional.
O garoto começou com apenas 13 anos, e apenas três anos após, traz seu EP, Intitulado, “Alienize”.
Com um time de peso o cercando, formaram a banda do registro, Leandro Caçoilo, do Viper, para os vocais, Alexandre Aposan, ex Oficina G3, para a bateria e Felipe Andreoli, do Angra, para o baixo e também assumindo a produção do material.
O disco é conciso e traz grandes referências, de Malmsteen a Skid Row, sendo até difícil classificar dentro de um único gênero o que encontramos aqui.
Abrindo com a pesada “Not Forsaken”, quebrada e intrincada, a faixa traz Kiko Loureiro fazendo uma ponta, e mostrando que aqui não há brincadeira de criança. Música dona de ótimo refrão e mostrando a banda extremamente entrosada. Já “Fade Away”, é uma semi balada com cara de anos 80, com um refrão grande e dramático e grande trabalho de Caçoilo nas vozes, além de um solo carregado de feeling, de Daniel. “Revelation” traz o peso e compassos intrincados mais uma vez, agora com a participação de Derek Sherinian, ex Dream Theater, nos teclados e atual Sons of Apollo. O solo mostra a banda gastando tudo o que tem, e grande de momento de Aposan, um dos melhores baterista do Brasil. A faixa título chega na sequência e traz ares mais clássico na intro, com riffs marcados de Daniel e um belo groove. Nos versos há uma mudança mais melódica e mais um belo solo da guitarra, rápido e certeiro.
Encerrando, “New Reality” é cadenciada, pesada e flui muito bem, levando o trabalho para o final de forma muito bem realizada.
O registro é curto, mas mostra um caminho mais do que promissor de Daniel Fonseca e que o metal nacional ainda tem muitos talentos e lenha para queimar. Aos que ainda se perguntam se o rock está morrendo, eis aí uma das boas respostas!
NOTA:8⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐