Resenha: Dimmu Borgir – “Inspiratio Profanus” (2023)
O Dimmu Borgir já rendeu diversos elogios por aí, mesmo de não seguidores, quando se aventura em trazer alguma versão de algum clássico.
É inegável a maestria com que a banda arranja covers de um universo completamente distante do seu, mas consegue fazer isso funcionar ao seu próprio modo, com toda a sua forte identidade, e traz momentos no mínimo, interessantes de se acompanhar.
Como parte das comemorações de sua mais de três décadas na estrada, a banda resolveu reunir essas versões todas em um único lugar, nascendo assim o disco, “Inspiratio Profanus“, lançado em edição especial digipack pela Shinigami Records.
São ao todo, oito covers, começando pela clássica e base do estilo, “Black Metal” do Venom, que traz riffs encorpados e a potente voz de Shagrath, que puxa a raiva e forma visceral dos infernos para cantar esse grande momento. O mesmo vale para “Satan My Master” do Bathory, que ganha alguns traços mais polidos que a original, mas sem perder todo o seu ódio e lado obscuro. O solo que a versão ganha consegue soar ainda mais caótico. Porém há ali também momentos menos convencionais, como a elogia versão de “Burn in Hell“, do Twisted Sister, com uma riff com cara de doom no começo, mas logo dando uma virada mais agitada e com o ex integrante, ICS Vortex assumindo os vocais com sua voz tão marcante no refrão. Eis aí um grande trabalho apresentado. A icônica “Perfect Strangers” do Deep Purple ganha contornos soturno, pesados, e facilmente se torna um dos grandes destaques do álbum, pois não é algo fácil pensar uma música tão emblemática ganhando contornos do metal extremo, e o trabalho não fica devendo em absolutamente nada. “Metal Heart” é outra que ganha riffs cavalares, e com certeza vai deixar o Accept orgulhoso do que apresentado por aqui.
Para quem gosta de acompanhar versões e releituras, com certeza o disco é um prato cheio, bebendo de tantas fontes, o Dimmu Borgir mostra porque é uma banda de tanta duração e que consegue soar tão diferenciada em seus próprios trabalhos, pois suas origens remontam a diversos estilos e eis que nesse momento eles resolvem homenagear isso, e não fazem por menos!
NOTA: 8
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