Resenha: Enslaved – “Heimdal” (2023
Iniciando com um som mais voltado ao extremo do black metal, o Enslaved ao longo do tempo foi construído uma sonoridade mais aprimorado e trabalhado, com novas nuances alinhadas a sua raiz.
Em seu décimo sexto disco de estúdio, “Heimdal”, lançado pela Nuclear Blast Records e trazido ao Brasil via Shinigami Records, a banda continua sua já sonoridade típica, trabalhando um disco bastante concisa, mas que em alguns momentos soa um pouco difícil de assimilar.
Com a abertura de “Behind the Mirror“, já podemos notar essa questão, com uma música sombria, carregada por teclados e sintetizadores. Com os primeiros versos cantados em tom mais limpo, a segunda metade traz a carga agressiva do grupo, dando um cartão de boas vindas e mostrando que não será uma audição fácil aos mais desavisados. “Forest Dweller” é uma das mais macabras do disco, e uma das que mais possuem uma carga de densidade, sendo uma das melhores do registro. “The Eternal Sea” é cadenciada e mais melódica que as demais, com um dos melhores registros vocais da obra. A faixa título vem na sequência e se inspira no doom metal, com um grande solo em sua metade que mostra os músicos explorando suas técnicas. “Congelia” é um épico de mais de oito minutos e uma verdadeira saga acompanhar cada uma de suas notas executadas. Dona de uma introdução caótica e densa e com um vocal puxando as raízes do black metal mais gélido, eis aqui mais um dos grandes destaques.
Ao longo das sete músicas, o Enslaved não traz um material para qualquer um e nem eles tem essa intenção. “Heimdal” é complexo em sua execução e busca explorar nas suas propostas, um disco bem executado, mas que requer um pouco mais de atenção. Quando feito isso, a certeza de um registro coeso e conciso é garantida.
NOTA: 7