Resenha: Evil Invaders – “Shattering Reflection” (2023)
O Evil Invaders passou por um processo de crescimento da noite para o dia, onde seu sucesso foi alcançado repentinamente, principalmente por conta do apelo que a banda tem a um heavy metal mais tradicional e lá do começo de tudo.
A banda apresenta “Shattering Reflection”, seu novo trabalho lançado pela Napalm Records e trazido ao Brasil pela Shinigami Records, que continua acertando em cheio no saudosismo, mas sem soar sombra ou só uma banda tentando emular algo do passado.
A abertura “cavalar” de “Hissing in Crescendo” joga as coisas lá em cima, com a dobra de guitarras de Joe e Max funcionando em perfeita comunhão, com cada uma servindo de apoio a outra, seguindo formas distintas, mas trabalhando em alta. “Die For Me” é climática na introdução e logo cai em riffs rápidos e casa perfeitamente com Joe, a voz da banda que encara tons altos e brinca com todas as camadas de seu gogó! “In Deepest Black” traz um pouco mais de melodia, uma sacada muito bem empunhada aqui, brincando com o modo mais tradicional do metal oitentista, onde a música caminhava para um crescendo no refrão. “Sledgehammer Justice” é rápida, ágil, certeira e explode em um refrão visceral. Ambas as três faixas são singles e muito bem escolhidos do disco e listam facilmente entre as melhores da gravação! “Forgotten Memories” é uma baladona poderosa e cheia de feeling, e mais uma vez, Joe não tem medo de colocar sua voz lá no teto! “Eternal Darkness” é ápice do show e traz uma música incediária, que acerta em cheio nas influências do Judas Priest e dá um verdadeiro soco na cara do ouvinte, com uma linha de baixo espetacular, que não vira só uma sombra das poderosas guitarras. O encerramento com ““Eternal Darkness”” não poderia deixar de ser citado, pois incorpora elementos do Megadeth e mostra como a banda pode transitar facilmente dentro de suas referências e entregar um bom material.
Ao fã do metal, o Evil Invaders entrega uma coletânea de referências, mas como dito, não se trata de apenas uma cópia em emulação, há vida e a há força no que aqui é realizado, o que transforma tudo em um ótimo material final. E se você é fã de heavy metal, certamente não deixar passar esse lançamento deste ano, e muito provavelmente, você ainda verá ouvir falar muito desses caras.
NOTA: 7