Resenha: Kataklysm – “Goliath” (2023)
O Kataklsym é daquelas bandas que sempre estão olhando adiante! Mesmo mantendo a sua brutalidade sonora, os caras não se sentem acomodados, e continuam atribuindo novos elementos ao seu som.
Em “Goliath”, seu novo disco lançado pela Nuclear Blast Records e trazido ao Brasil pela Shinigami Records, a banda continua sua devastação sonora, mas não foge a regra de sempre achar algum ponto fora da curva para encrementar seu massacre e assim é dito e feito aqui.
A brutal abertura com “Dark Wings of Deception” é um trator desgovernado, com linhas vocais furiosas e bateria insana que demanda o rumo das coisas. E já de cara, a qualidade técnica dos músicos já espanta e impressiona como eles nunca perdem a mão e continuam em constante evolução ao passar do tempo. Logo na sequência, a faixa título “Goliath” aparece e traz uma abertura visceral e dilacerante e uma das mais brutais faixas do registro fecha a trinca. “Die as a King” é carregada de groove e peso, sendo nada menos do que uma das melhores do disco. Seus versos rápidos e certeiros, além de uma linha de baixo que comanda o andamento. O disco passeia por rítmos daí em diante, com o Kataklysm mesclando djent, death metal e o moderno em um liquidificador no máximo, que dão resultados como “Bringer of Vengeance“, que soa diferente das demais e é dona de um refrão poderoso e um flerte gigante com o metal moderno, as ágeis “Cobustion” e “From the Land of the Living to the Land of the Dead” que traz uma introdução tão confusa e caótica como o seu próprio nome. E ainda cabe ressaltar a veia do thrash metal com a música de encerramento “The Sacrifice For Truth“, que fecha o álbum de acordo com sua proposta.
Se “Goliath” entrará no hall dos melhores discos do Kataklysm, o tempo dirá, porém, sem dúvida alguma, o que vemos aqui é um dos discos mais sinceros que a banda lançou nos últimos anos e com certeza te renderá uns bons bate cabeça.