Resenha: Labÿrinth – “In the Vanishing Echoes of Goodbye” (2025)
No início dos anos 1990, enquanto as novas gerações do Death e Black Metal se consolidavam no cenário underground, outros estilos evoluíam em silêncio, se moldando para agradar a um público mais jovem e exigente. Foi nesse contexto que bandas como Dream Theater, Gamma Ray e Blind Guardian ajudaram a pavimentar um novo caminho, onde o Power Metal encontrou o virtuosismo do Prog Metal, dando origem ao que hoje chamamos de Progressive Power Metal. Porém, esse subgênero exige equilíbrio: ou se entrega à técnica extrema, ou aposta em melodias bem construídas. Com habilidade, o grupo italiano Labÿrinth encontra esse ponto de equilíbrio em seu décimo disco de estúdio, “In the Vanishing Echoes of Goodbye”, lançado pela Frontiers Records e distribuído pela Shinigami Records.
O trabalho de produção, mixagem e masterização ficou novamente a cargo de Simone Mularoni, conhecido por colaborar com nomes como Ibridoma, Elvenking, Necrodeath, Jorn, Lione/Conti, Nanowar of Steel, Luca Turilli’s Rhapsody, Vision Divine, Eldritch, Ne Obliviscaris, entre outros. Ele já havia trabalhado com o sexteto em lançamentos anteriores, e mais uma vez entrega um som limpo, pesado e muito bem definido, ideal para a proposta musical da banda. As melodias — especialmente as guitarras — se destacam pelo refinamento técnico e emocional.
Musicalmente, Labÿrinth apresenta um Progressive Power Metal sofisticado, técnico na medida certa, mas sem perder o lado melódico cativante. A presença de refrães bem trabalhados e contrastes dinâmicos reforça essa proposta. Basta ouvir “Out of Place” para perceber a habilidade da banda em equilibrar momentos introspectivos com passagens mais intensas. Eles mantêm seu estilo tradicional, mas o fazem com uma nova energia, demonstrando maturidade e frescor criativo.
Faixas como “Welcome Twilight”, com sua velocidade marcante e refrão contagiante, e “Accept the Changes”, mais densa e com guitarras afiadas, mostram a versatilidade do grupo. A já citada “Out of Place” traz um clima oitentista bem elaborado. Em “At the Rainbow’s End” e “The Right Side of This World”, destacam-se os arranjos de teclado dialogando com guitarras melódicas. A instrumental e atmosférica “The Healing” abre espaço para nuances suaves e progressivas. Já músicas como “Heading for Nowhere”, “Mass Distraction” e “To the Son I Never Had” exploram o contraste entre agressividade e harmonia, enquanto “Inhuman Race” impressiona pelos ganchos melódicos e uso expressivo dos teclados.
Com “In the Vanishing Echoes of Goodbye”, o Labÿrinth entrega uma obra que não apenas reafirma sua identidade, mas também mostra que a banda continua relevante, criativa e com muita energia para seguir encantando antigos e novos ouvintes.
NOTA: 7
Lembro que quase no final dos anos 90 foram aparecendo grandes bandas italianas: HighLord, Vision Divine, Labyrinth e outras!!!! Bandas que tem um som limpo, algums seguem esse lado do progressivo e tecladinhos para ¨enfeitar¨mais o som!!!! Sem contar a arte das capas que são lindas, coisas do Power Metal em si…tudo bem trabalhado!!!! Gosto muito do album ¨RETURN TO HEAVEN DENIED¨…o melhor album até hoje, na minha opinião!!!! sobre “In the Vanishing Echoes of Goodbye”… “Accept the Changes” é uma das minhas preferidas do disco, gosto dos riffs!!!! Valeu!!!!!
Muito bom, abraços.