Resenha: Machine Head – “UNATØNED” (2025)
Três anos após o impacto de ØF KINGDØM AND CRØWN, o Machine Head retorna com seu 11º álbum de estúdio, “UNATØNED”, mostrando que ainda sabe como reinventar o próprio som sem perder a essência. Lançado pela parceria entre a Nuclear Blast e a Shinigami Records, o trabalho reafirma o peso e a versatilidade da banda liderada por Robb Flynn.
Se o disco anterior vinha com uma proposta conceitual e grandiosa, aqui a abordagem é mais direta, embora não menos intensa. Faixas como “ATØMIC REVELATIØNS” e “THESE SCARS WØN’T DEFINE US” têm tudo para incendiar os palcos, unindo velocidade, camadas densas e refrões que equilibram agressividade e melodia. Já o single “BØNESCRAPER” é o cartão de visitas perfeito para o clima geral do álbum, mantendo o DNA do grupo ao mesmo tempo em que abre espaço para novas texturas.
O início atmosférico de “LANDSCAPE ØF THØRNS”, ainda que breve, funciona como uma introdução sombria antes da pancadaria que se segue. Surpresas surgem em momentos inesperados, como a psicodélica “DUSTMAKER”, que se distancia do peso habitual e soa quase como um experimento inédito na carreira da banda, além de “SCØRN”, que fecha o disco com uma atmosfera flutuante e melancólica, retomando o piano que aparece em outros trechos.
Outro ponto alto está no reforço de Jared MacEachern, cujos vocais adicionais trazem camadas extras de intensidade, enquanto o baterista Matt Alston mostra que se encaixou de maneira sólida na engrenagem sonora da banda.
“UNATØNED” é, ao mesmo tempo, um disco acessível para quem chega agora ao universo do Machine Head e uma prova de maturidade para quem acompanha a trajetória desde o início. É um álbum diverso, cheio de variações e nuances, mas sem nunca deixar de soar como aquilo que os fãs mais fiéis esperam: peso, raiva, melodia e uma busca constante por novos caminhos dentro do metal.
NOTA: 8