Resenha: Primal Fear – “Code Red” (2023)
O Primal Fear já se tornou uma das maiores forças do metal alemão, mesmo que entre seus 14 discos, poucas mudanças tenham sido acompanhadas. A fórmula continua a mesma de ano atrás, com aquele heavy metal batidão, e é exatamente isso que a grande parte de seus fãs esperam ouvir.
Dito isso, sua última empreitada, “Code Red“, lançado pela Atomic Fire Records e trazido ao Brasil pela Shinigami Records, é exatamente isso que se propões a fazer, e nesse quesito acerta em cheio.
Já com o início de “Another Hero“, todas as fórmulas que compõe a banda estão lá. Riffs cravados, refrão grande e carregado de melodias e um solo rápido e direto. Ralf Scheepers continua “empunhando” sua voz afinada e pronta para jogar notas altas para seus ouvintes. Na sequência, “Bring That Noise” é uma das melhores do álbum, O refrão é alto, cativante e certeiro! Os riffs carregados e pesados são muito bem feitos e empolgam ao ouvinte. “Deep in the Night” é puro suco do heavy metal. Cravada, groovada e potente, é um dos hinos do disco e que vai acertar em cheio qualquer seguidor da comunidade e vai empolgar, e “Cancel Culture” é a mesma levada, com suas paredes de guitarras iniciais. Essa surge com a intenção de criar rodas incríveis nos shows, buscando talvez, inspirações no Helloween. “Play a Song” é um acerto direto aos fãs do Judas Priest, com os vocais de Scheepers lembrando e trazendo inspirações em Rob Halford. “The World On Fire” é um grande momento climático do registro, busca trazer uma atmosfera e reproduz os conflitos e caos mundial que se assolam durante os últimos tempos, com uma letra que diz “Conversei com Jesus, mas ele não tinha respostas”. “Their Gods Have Failed”, com mais uma letra áspera, traz um ar épico de encontro ao Sabbath. Dái até o final, passeamos por diversos riffs e uma variedade de letras, até o encerramento com a “troncuda” “Fearless”, que fecha a obra em tom de acordo.
Como tido, não há nenhuma fórmula diferenciada, nem dentro do gênero nem para o próprio Primal Fear, mas claro que isso quer dizer que há qualidade e grandes momentos no decorrer da obra, que se mostra consistente, bem amarrada e que reforça a frase do “time que está ganhando, não se mexe”.
NOTA: 7