Cannibal Corpse: 23 anos do álbum “Gore Obsessed”

Há 23 anos, em 26 de fevereiro de 2002, o Cannibal Corpse lançava “Gore Obsessed“, o oitavo álbum de estúdio dessa que é uma das maiores bandas de Death Metal da cena, e que é assunto do nosso bate-papo desta quarta-feira.

O Cannibal Corpse estava entrando em uma fase onde os músicos começavam a explorar uma maior complexidade musical. Para o leigo, Death Metal não passa de barulho desconexo, mas o quinteto de Buffalo, radicado na Flórida, é uma prova viva de que é possível fazer música pesada, brutal, e ao mesmo tempo dotada de muita técnica.

Eles haviam lançado o primeiro álbum ao vivo da carreira, o excelente “Live Cannibalism“, lançado em 2000 e que registrou alguns dos shows que a banda fez para divulgar o não menos excelente álbum “Bloodthirst” e após um breve período de descanso, eles se reuniram para começar a escrever material visando o próximo álbum.

Durante o ano de 2001, eles se reuniram no Sonic Ranch Studios, na cidade de Tornillo, Texas, com produção assinada por Neil Kermon, que havia produzido os primeiros álbuns do Nevermore, além de alguns singles do Judas Priest entre os anos de 1979 e 1982. O trabalho com o Cannibal Corpse deu tão certo que ele produziu o EP “Worm Infested” (2003), além do álbum posterior, “The Wretched Spawn” (2004).

A arte da capa foi desenhada por Vincent Locke, e como em todos os álbuns da banda, acabou sendo censurada em várias partes do mundo. A versão brasileira não sofreu essa sanção, mas era exibida nas lojas com uma capa preta em slipcase, que trazia o nome da banda, e só em casa o ouvinte poderia abrir o play e conferir a belezura e doentia capa, cheia de zumbis.

Bolacha rolando, temos onze canções, além do cover para “No Remorse“, do Metallica, que está escondida ao final do álbum. A duração total é de aproximadamente 45 minutos e temos muito Death Metal, com partes altamente complexas. Difícil destacar alguma faixa, pois todas são excelentes, mas podemos citar “Savage Butchery“, “Pit of Zombies“, “Drowing in Viscera“, “Sanded Faceless“, “Mutation of the Cadaver“, “Grotesque“, além da já citada versão para “No Remorse“, onde eles conseguiram melhorar o que já era perfeito.

A versão japonesa do álbum, trazia uma faixa bônus, como de costume nos lançamentos da terra do sol nascente: por lá, eles incluíram uma versão ao vivo para a faixa “Compelled to Lacerate“. O álbum recebeu críticas mistas extremamente positivas e foi bem aceito pelos fãs. Ficou em 11° lugar na categoria “Álbuns Independentes” da “Billboard” e ficou em 71° no Top 100 das paradas alemãs.

Embora um pouco esquecido, “Gore Obsessed” tem sua importância por ser parte da transição criativa que a banda atravessava e que hoje faz com que o Cannibal Corpse seja um dos nomes mais relevantes da cena. O álbum envelhece muito bem, obrigado e hoje é dia de celebrar mais um aniversário, escutando o play no volume máximo.

Gore Obsessed – Cannibal Corpse
Data de lançamento – 26/02/2002
Gravadora – Metal Blade

Faixas:
01 – Savage Butchery
02 – Hatchet to the Head
03 – Pit of Zombies
04 – Dormant Bodies Bursting
05 – Compelled to Lacerate
06 – Drowning in Viscera
07 – Hung and Bled
08 – Sanded Faceless
09 – Mutation of the Cadaver
10 – When Death Replaces Life
11 – Grotesque
12 – No Remorse (faixa escondida)

Formação:
George “Coepsegrinder” Fischer – vocal
Jack Owen – guitarra
Pat O’ Brien – guitarra
Alex Webster – baixo
Paul Mazurkiewicz – bateria

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

One thought on “Cannibal Corpse: 23 anos do álbum “Gore Obsessed”

  • fevereiro 27, 2025 em 4:33 pm
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    Recomendo esse album para todos os fãs de Sertanejo Universitário!!!! Gostava muito das artes dos primórdios albuns, bons tempos!!!! Valeu!!!!

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