Mario Duplantier explica porque música do Gojira é menos tecnica atualmente
O Gojira foi uma das bandas das nova leva dos anos 2000 (nem tão nova assim mais, né?!) que chamou atenção pela sua musicalidade extrema, tanto no peso quanto na técnica de seus integrantes. O baterista Mario Duplantier, já foi reconhecido diversas vezes como um dos melhores do mundo, e em entrevista a Radioacktiva, ele falou como a música da banda tem se tornado menos técnica na atualidade. Ele comenta:
“Não é muito intelectual; não é muito mental – é mais orgânico. Nós tocamos, e quando ouvimos algo legal, dizemos, ‘Vamos’. Não é muito a gente tentar pegar mais coisa aqui e ali.
Eu diria… eu tenho que ser muito honesto, mas o fato de estarmos em tantas turnês… Somos uma banda ao vivo principalmente – 90 por cento de nossa vida está na estrada. Então nós fazemos shows – fazemos a passagem de som e fazemos shows; passagem de som, shows, passagem de som… De novo e de novo e de novo, é como um círculo enorme. Fazemos Europa e EUA, Europa e EUA, às vezes América do Sul, Ásia – é uma loucura. Então, quando escrevemos a música, nós queremos tocar músicas que serão divertidas, talvez, para tocar ao vivo também.
E não é uma coisa consciente – não estamos tentando fazer algo, ‘Vamos pegar mais pessoas.’ É realmente, ‘Vamos nos divertir no palco e fazer algo talvez mais simples às vezes.’ Porque quando você toca música muito técnica e começa a tocar em arenas ou estádios e festivais – grandes festivais – você apenas percebe que se for muito louco, muito técnico, não funciona de verdade.”
Pessoalmente, acho que Fortitude atingiu o equilíbrio perfeito entre tecnicidade e atratividade. Músicas como “Fortitude” e “Into The Storm” eram fora de ordem o suficiente para evocar aquele velho som de Gojira , enquanto faixas como “Amazonia” e “Another World” eram apenas faixas diretas (o mesmo vale para o então chocante”.