Resenha: Ringworm – “Seeing Through Fire” (2023)
O Ringworm fez a sua estreia há cerca de 30 anos, e de lá para cá, já se vão 9 discos, sendo o mais recente, “Seeing Through Fire“, que foi lançado pela Nuclear Blast Records e lançado no Brasil pela Shinigami Records.
Em meia hora, James “Human Furnace” Bulloch, mostra uma bomba de riffs e virulência, não dando tempo para o ouvinte respirar e trazendo uma verdadeira saraiva de hardcore/thrash metal espalhadas por 11 canções, sendo a faixa título a primeira a mostrar ao que vieram. Cantada aos gritos, com instrumental de pura insanidade, a música é uma pequena amostra do ataque que vem aí. “Carved in Stone” é uma paulada sem rodeios de deixar surda e buscar “No Solace, No Quarter, No Mercy” é outra brutalidade sonora, e coloca o que a banda é em seu título, enquanto é uma verdadeira sessão de descarrego sem piedade. Cada riff e palavra que compõe a letra é vomitada em fúria! “Death Hoax” consegue soar ainda mais rápida e venenosa que a anteior, e emenda “Through Crimes“, dando uma canseira com rocha sólida sonora e carregada de ferocidade. Mais adiante, podemos nos deparar com a veia thrash metal transpirando em cada poro de “House of Flies“, que regurgita sua potência em cada verso. “Seeing Through Fire” é um verdadeiro caos, uma explosão infernal aos que procuram melodias e algo mais palatável. O final com a grandiosa “Playing God” é uma tacada certeira para encerrar a obra, carregada de peso e fúria.
A estreia do Ringworm na Nuclear Blast é uma verdadeira espiral de energia e fúria, entregando nada menos do que a paixão pela sua voracidade e fazendo música sem importar a quem vai doer e que continuem exatamente assim.
NOTA: 8