Resenha: Six Feet Under – “Killing for Revenge” (2024)
Após quase quatro anos, o Six Feet Under está de volta com “Killing for Revenge“, o 18° álbum da banda que Chris Barnes montou após sua saída do Cannibal Corpse, há 30 anos atrás.
Lançado no último dia 10 de maio, pela Metal Blade, “Killing for Revenge” mantém o mesmo lineup do seu antecessor e apresenta até uma sensível melhora. Conhecido por fazer um Death Metal mais carregado, neste novo álbum, o SFU apostou em aumentar um pouco o compasso de suas músicas, o que garante uma audição ainda mais prazerosa.
A produção desta vez ficou a cargo do guitarrista Jack Owen, que está na banda desde 2017, quando resolveu reviver a parceria que teve com Chris Barnes nos primórdios do Cannibal Corpse, época preferida por alguns dos fãs. Owen não comprometeu na produção, ainda que a sonoridade tenha ficado suja, mas nada que atrapalhe a audição. A capa também é outro fator a se destacar, muito bem feita e é assinada por Vincent Locke, que já desenhou capas do Cannibal Corpse também.
O play tem 13 faixas e duração de 46 minutos. O Six Feet Under tem uma certa resistência por parte de muitas pessoas, talvez pelas influências de outras vertentes que Chris Barnes coloca na sua banda, o que a deixa única. Mas aqui, a gente pode perceber que os solos, feitos por Ray Suhy, estão muito bem executados. Como dissemos acima, a banda acelerou o ritmo em algumas faixas e temos até blast-beats, como na insana “Ascension” e na veloz “Judgment Day“. Também temos outros bons momentos, como em “Know-Nothing Ingrate“, “Bestial Savagery” e “Mass Casually Murdercide“. Para quem gosta das músicas bem arrastadas que o SFU se habituou a fazer ao logo do tempo, eles trazem “Neanderthal”, quase um Doom Metal. E só para não perder o costume, sim, temos cover: “Hair of the Dog“, do Nazareth, foi a homenageada da vez, que fica impagável, no bom sentido, como todas as outras versões que Chris Barnes se mete a cantar em seu vocal gutural.
O Six Feet Under mais uma vez entrega um grande álbum: pesado, rápido, bruto, como uma banda de Death Metal deve ser. A dupla Chris Barnes e Jack Owen entendem do riscado. Afinal de contas, estavam nesse negócio desde o começo… Quando chegaram lá, só tinha mato. Ajudaram a construir esse tal de Metal da morte e hoje só precisam cuidar do legado que eles ajudaram a criar. E pelo jeito, estão cuidando muito bem dele.
NOTA: 9,0