Resenha: Amorphis – “Queen Of Time (Live At Tavastia)” (2023)

Quando a pandemia alcançou o mundo e o fechou, algumas bandas optaram por criar formas de escape para que sua arte continuasse a girar. Foi a época das infinitas lives e shows sem público.

O Amorphis optou por essa segunda escolha, e na ocasião, recém lançado o disco “Queen of Time“, e sem a chance de apresentar as músicas ao vivo, realizou um show sem uma única viva alma presente além da banda e sua reduzida equipe, e resolveram documentar isso em um registro, que deu vida a “Queen Of Time (Live At Tavastia)”, lançado pela Atomic Fire Records e lançado no Brasil pela Shinigami Records.

Ao dar o play em “The Bee“, em momento algum, caso não tenha a informação, parece se tratar de um show gravado no formato que foi. “Message in the Amber” traz a banda entrando com seu folk metal, em um som bastante polido e que quase soa como algo do estúdio. “Daughter Of Hate” consegue trazer bons riffs em seu formato mais cadenciado, com um solo de sax cortando a faixa no meio. “Wrong Direction” traz um bom groove, e “We Accursed” traz as marcas características do Amorphis em seus riffs. Em “Amongst Stars“, Anneke van Giersbergen, aparece para uma participação especial, deixando a faixa ainda mais abrilhantada, sendo dela as melhores partes da faixa.

A decisão do Amorphis de se manter firme, mesmo em uma época que foi tão difícil para inúmeras bandas, deu certo, e trouxe a força do seu disco de estúdio para o ao vivo sem dever em nada, e em certo momentos, até conseguir potencializar esses riffs. Aos seus seguidores, certamente estarão bastante contente e ansiosos por testemunhar frente aos seus olhos o que foi entregue aqui.

NOTA: 7

 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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