Michael Schenker – “Universal” (2022)

Michael Schenker é sem dúvidas um dos músicos mais crativos e ativos de sua geração. Já mais de 50 anos de carreira, passado pelo U.F.O, Scorpions e sob o seu próprio nome com o Michael Schenker Group. O guitarrista  vem lançando praticamente de forma anual disco após disco.

Você poderia dizer que isso faria com que uma queda na qualidade acontecesse, mas ao contrário, parece que o cara consegue se superar a cada lançamento, e não foi diferente com seu mais novo registro, “Universal”, mais um registro trazido ao Brasil pela parceria Atomic Records/Shinigami Records.

Eis aí um grande momento do mais puro heavy metal, sem muito rodeios ou firula. O lance é criar música pesada e de qualidade, e para isso o guitarrista alemão chamou um time de peso. Formam o time, Ronnie Romero (Rainbow, Vandenberg) como vocalista principal, Michael Kiske (Helloween) e Ralf Scheepers (Primal Fear), o tecladista Steve Mann (Lionheart), os bateristas Simon Phillips (Toto, The Who), Brian Tichy (Whitesnake, Foreigner), Bobby Rondinelli (Rainbow) e Bodo Schopf (Eloy), além dos lendários baixistas Bob Daisley (Black Sabbath), Barry Sparks (Malmsteen, Dokken) e Barend Courbois (Blind Guardian, Zakk Wylde), e Tony Carey (ex tecladista do Rainbow). E sim, todas essas estrelas conseguem brilhar e formar um álbum consistente, muito bem executado e que se forma em pura apreciação.

A abertura com “Emergency” já mostra isso, com um ótimo riff de abertura e versos cadenciados, indo para um belo refrão, cantado em contratempo. “Under Attack” vem com guitarras cavalgadas ao estilo do Iron Maiden e ótimas teclados que dão o tom da música. O metal épico explode em “A King Has Come” com os vocais feito por mr. Kiske, em uma das melhores faixas do álbum. Quem surge na bonita “The Universe” é Gary Barden, velho parceiro de Schenker, e a parceria brilha mais uma vez em belas melodias e andamentos mais “limpos”, sem deixar o peso de lado em ótimas passagens climáticas. A rápida e estradeira “Long Long Road” é uma das mais animadas e é uma daquelas audições de você fechar os olhos e curtir cada segundo executado aqui, daquelas de se encher o rosto com um sorrisão. “Yesterday Is Dead” traz uma bela mensagem e mantém o ritmo lá em cima. “Au Revoir” é primor de se ouvir, uma aula de heavy metal tradicional e direta! “Fighter”, com o cargo de fechar a obra, parece vinda direta dos anos 80 e encerra com classe o que foi ouvido até aqui.

Eis aí o momento para o amante do heavy metal e seja fã ou não de Michael, você não irá se arrepender em momento algum de dar o play em mais esse bloco de boa música que o guitarrista adiciona a sua vasta, e rica discografia.

NOTA: 8

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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