Bush privilegia interação com público em show curto no Rio
Texto: Carlos Monteiro
Foto: Carla Cristina
Nada como fazer um show em um lugar menor, sem banda de abertura, apenas com seus fãs próprios. O Bush teve essa oportunidade na noite do dia 2 de abril, no Vivo Rio, centro da cidade carioca, quando apresentou um setlist enxuto de apenas 1h20, iniciado pontualmente às 21h. Dias depois de uma participação não exatamente brilhante no festival Lollapalooza, em São Paulo, quando disputaram a atenção do público com o Foster the People (no mesmo festival, outro palco), o carismático e dançante líder Gavin Rossdale não teve muita dificuldade de agradar os cariocas.
Vocalista e guitarrista, ele é o único integrante da formação original e sem dúvida o destaque dessa banda que fez sucesso na leva da onda grunge, no final dos anos 90. Se não estava muito cheio, o show pelo menos atraiu fãs fiéis, que ocuparam mais a pista premium que a comum, bem como as frisas no segundo andar da casa.
Além de seu peculiar jeito de dançar, o que nos faz encarar o som grunge de outra maneira, Gavin também capricha na interação com o público, arrancando suspiros das trintonas e inclusive segurando a mão de uma delas na primeira fila enquanto canta olhando diretamente em seus olhos.
Tanto carisma lidera canções impactantes como a primeira “Everything Zen”, também a primeira do primeiro álbum “Sixteen Stone” (1994), precedida de um interessante jogo de luzes e performance do baterista Nik Hughes. Logo emendam em “Machinehead” já com o público na palma da mão. Em seguida, ele tira o casaco cinza brilhante que garante boas fotos aos fotógrafos na frente do palco, para se soltar sem guitarra em “Blood River”, esta mais recente, de “The Kingdom” (2020).
Apesar de não estar entre as bandas mais lembradas do grunge, na atual “seca” de bandas representativas do gênero, o Bush acaba pegando os viúvos e viúvas da era e agradando os nostálgicos fãs. E tome canções bem recebidas como “The Chemicals Between Us”, “Greedy Fly” e “Quicksand”. Assim como a trinca final (antes do bis) de “Heavy Is The Ocean” ,”Flowers On A Grave” e “Little Things”.
Causa um pouco de estranheza (não para os “diehard fans” que cantam tudo), as execuções de “Swallowed” (com base pré-gravada com cordas) e, principalmente, o hit “Glycerine”, penúltima canção do show apenas com Gavin na guitarra, sem acompanhamento da banda, que além do já citado Nik Hugues, é formada pelo guitarrista estiloso de barba e chapéu Chris Taynor e o baixista de visual mais despojado (calça e camisa) Corey Britz.
O público cantou junto do mesmo jeito e também animou bastante na derradeira e costumeira “Comedown”, encerrando um show de bastante interação entre Gavin e plateia, com juras de amor ao público e esperança de volta ao Brasil.
Lembro dos bons tempos do comercial do ¨garoto enxaqueca¨da MTV, lá no programa ¨Gás Total¨sempre passava os videos clipes de Bush…foi onde conheci o som da banda!!!!! Gosto das músicas ¨Swallowed¨e ¨Glycerine¨, bons tempos de antigamente!!!! Valeu!!!!