Resenha de livro: In the End – A História de Chester Bennington
Chester Bennington foi um dos maiores ícones de sua geração, talvez o maior e mais popular daquele período.
Estando a frente do Linkin Park, ele abalou a estrutura da música com o primeiro disco da banda, “Hybrid Theory”, que alcançou números impressionantes e fez com que a banda explodisse para o mundo em pouquíssimo tempo, se tornando um fenômeno mundial.
Mas assim como outros tantos ícones e que foram influências para Chester, ele se foi de forma trágica em 2017, deixando orfão aqueles que o viam como um reflexo, ao ver um garoto no palco com calças largas, cabelo colorido e gritando, literalmente, as dores de conturbações e traumas da vida, que reflete em muitos e muitos que precisavam de mais de Bennington.
Muitos quiseram expressar em palavras o que sentiam por ele, e foi isso que Rosanna Constantino fez ao escrever o livro, “In the End – A História de Chester Bennington“, que traz alguns detalhes da trajetória desde a infância de do cantor, até o enorme sucesso do Linkin Park, mas também do trágico bastidores que acontecia em sua vida por trás das cortinas, até seus caóticos e duros dias.
Trazido ao Brasil pela Estética Torta, o livro ganhou uma bela edição em capa dura, muito bonita com temas brancas e páginas que ganharam detalhes azuis nas laterais.
Mas se você pensa encontrar aquelas biografias rebuscadas, cheias citações histórias e com detalhes por menores, esqueça. Aqui, a leitura é algo mais dinâmico e de fã para fã, em uma abordagem mais “simplista”, que dialoga com qualquer um que seja entusiasta da banda e queira entender alguns processos que fizeram o LP chegar onde chegou e tudo que aconteceu até o fatídico fato que ceifou Chester desse mundo.
Interessante nos depararmos com o grande choque do restante da banda e do seu então empresário ao ouvir o que Chester tinha guardado em seu poder vocal, acompanhar seus dias de Grey Daze, que não foram lá de muito sucesso. Também entende outros projetos paralelos e como eles se deram, como o Dead By Sunrise, ou quando Bennington realizou um sonho, o de estar a frente do Stone Temple Pilots.
Acompanhar todo o desenrolar desde um acidente que teve em que quebrou a perna e teve de cancelar shows até o lançamento de “One More Light“, último disco do Linkin Park e como a sua estrondosa recepção negativa, inclusive em shows, afetaram Chester e foram dando uma verdadeira reviravolta em sua perturbada mente, mostra como ele vivia pela música e esse era realmente o seu ar, o seu oxigênio. Quando isso foi afetado, Chester foi afetado e entrou em uma espiral sem retorno.
Alguns dos fatos, pelo menos os principais, podem não ser nada reveladores a quem já acompanha a história do Linkin Park e de sua figura principal, mas é muito válido o material encotrado aqui. Primeiro, pelo fato de como dito, é algo de fã para fã, que assim como a própria música da banda fazia, irá criar conexões com diversas pessoas que queriam ter escrito esse material e se sentirão representado em cada capítulo. Segundo, por acompanharmos como a mente inquieta de Chester Bennington funcionava, e como a música o salvou por diversas vezes, se tornando um pilar tão sólido em sua vida, mais do que qualquer outra terapia e, ilustra como isso atingiu diversas pessoas que foram salvas pela sua música.
De fácil leitura e de grande prestígio, é a biografia correta e necessária para um dos maiores heróis de seu tempo.
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