Resenha: Dream Theater – “Parasomnia” (2025)

Depois de quase quatro anos de espera, os fãs do Dream Theater poderão se deliciar com o mais novo lançamento da banda. ‘Parasomnia”, o 16° álbum do quinteto de Boston e é o primeiro a contar com o retorno do baterista Mike Portnoy, que havia saído da banda após o álbum “Black Clouds & Silver Linings” (2009).

A bolacha foi lançada na última sexta-feira, 7, através da gravadora Inside Out e assim como seu antecessor, foi produzida pelo também guitarrista da banda, John Petrucci e contou com mixagem e masterização do mago Andy Sneap. Mike Portnoy atuou como co-produtor, algo que não acontecia desde o álbum “Falling Into Infinity” (1997).

Como o título sugere, trata-se de um álbum sobre os distúrbios perturbadores do sono, conhecidos como Parassonia e foi gravado entre os meses de fevereiro e julho de 2024, no estúdio DTHQ, em Long Island. A previsão inicial era de que o álbum começaria a ser gravado ainda em 2023, mas o retorno de Portnoy e a saída de Mike Mangini acabou alterando os planos.

O álbum não vai decepcionar o fã do Dream Theater, podendo até conquistar novos adeptos. É pesado e ao mesmo tempo melódico e nem parece que Mike Portnoy estava longe da banda por muitos anos. O entrosamento entre os músicos continua beirando a perfeição. “Parasomnia” é um álbum longo, temos 8 faixas e com exceção das duas que são instrumentais, as outras seis têm entre 8 e 19 minutos de duração. Nem todo mundo tem paciência para escutar músicas tão extensas, mas quem se propuser a escutá-las, não irá se arrepender.

Os destaques do álbum vão para a instrumentalIn the Arms of Morpheus“, “A Broken Man“, “Dead Asleep” e a faixa que encerra o play, “The Shadow Man Incident“. A produção é cristalina, músicos excelentes. A única exceção, e aí, é uma opinião bem pessoal deste redator que vos escreve, é sobre a performance do vocalista James LaBrie, que sempre foi aquém, comparado aos demais. John Petrucci traz alguns riffs muito bons e a longa duração do álbum passa quase que despercebida.

A se destacar, também, o excelente trabalho da arte da capa, assinado por Hugh Syme, que foi parceiro do Rush por muito tempo e que já trabalha com o Dream Theater desde o álbum “Octavarium” (2005). Não à toa, era um dos álbuns mais esperados deste ano de 2025 que está apenas começando e com certeza, já se coloca entre os melhores nas inúmeras listas que serão compiladas por todos, ao final do ano. Imperdível.

NOTA: 8.0

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *