Sepultura x Eloy Casagrande: quem tem razão na repentina saída do baterista?
O grande hype da semana é a saída repentina do baterista Eloy Casagrande do Sepultura. A notícia pegou a todos de surpresa e deixou a cena em ebulição. O ser humano em si já gosta de uma especulação, agora tem um prato cheio para especular mais ainda.
As especulações estão no mesmo nível do mercado da bola a cada início de temporada: será mesmo que Eloy vai para o Slipknot? Há alguma possibilidade de os irmãos Cavalera retornarem ao Sepultura, se não agora, mas talvez no futuro? Ou o que aconteceu para que o baterista tomasse tal decisão?
Nosso artigo aqui não tem a intenção de tomar partido para nenhum dos lados e sim tentar analisar da maneira mais fria e imparcial possível, todos os cenários: vejamos bem, é inegável que Eloy ajudou a devolver o Sepultura ao patamar de banda gigante. Claro que não no mesmo nível de quando a banda lançou a trinca “Arise“/ “Chaos A.D.“/ “Roots“, mas “Machine Messiah” e “Quadra” mostraram o quanto sua técnica na bateria foi determinante para que, junto com as guitarras de Andreas Kisser, fizesse com que o Sepultura saísse da monotonia que estava desde que Max saiu, no final de 1996. Mas agiu ele de maneira correta ao comunicar de supetão que estava fora da banda? Assim, menos de um mês para o início da turnê de despedida?
Imagine você, caro leitor, em seu trabalho, quando você descobre que sua empresa vai fechar. O que você faria? Certamente procuraria um novo emprego, certo? Isso foi o que ele fez, vide o comunicado em sua rede social. Ele diz que está saindo para um novo projeto. Slipknot? Banda solo? Pode ser qualquer coisa, até mesmo, entrando nas teorias da galera, de repente ele aceitou um convite de Geddy Lee e Alex Lifeson e vai formar uma nova versão do Rush. Óbvio que esse exemplo é absurdo, mas pode ser qualquer coisa e ele não pode anunciar nada agora, talvez por questões contratuais. E quem assistiu a coletiva onde o Sepultura anuncia sua turnê derradeira, pôde perceber o semblante de descontentamento do baterista para com a situação, da qual ele não tem controle nenhum.
Tudo leva a crer que a nova casa de Eloy seja o Slipknot, muito porque essa teoria não é ventilada só por aqui no Brasil, mas lá fora também. E um outro fator é que dificilmente uma banda gigante como o Slipknot, que está sem baterista, iria esperar por dezoito meses, tempo esse que vai durar a turnê de despedida do Sepultura, para poder contar com o rapaz. Pode ser que “qualquer semelhança seja apenas mera coincidência”, como costuma aparecer nas aberturas das telenovelas da TV Globo. Pode ser que seja coincidência, como também pode não ser. Só o tempo nos dirá.
Agora, olhando pelo lado da banda, que soltou um comunicado nada amistoso, citando o comprometimento dos outros três integrantes, Andreas, Paulo e Derrick Green, em uma alfinetada ao agora ex-companheiro de banda. Ter comunicado sua saída às vésperas da turnê pode não ter sido a mais legal das atitudes, e a banda precisou correr contra o tempo para conseguir um substituto. Se na véspera do anúncio da tour de despedida, alguém inescrupuloso teve a indecência de vazar que a coletiva seria para anunciar a despedida, desta vez, a banda conseguiu segurar a informação e por isso, a surpresa foi geral. Eles tiveram o trabalho de procurar, às pressas, um novo integrante e chegaram rapidamente ao jovem e talentoso Greyson Nerkurman, que hoje é também o titular das baquetas do Suicidal Tendencies. Não é uma situação fácil para ambas as bandas.
A verdade é que ambos se ajudaram. Como dissemos mais acima, Eloy ajudou demais o Sepultura a se reencontrar na cena, mas o Sepultura também lhe deu a visibilidade que ele não tinha, pelo menos a nível mundial. Eloy certamente tem consciência disso e talvez tenha pensado no seu futuro, pois ainda é jovem, diferente de Andreas e Paulo, que estão nessa há mais de 30 anos na estrada. Mas pelo tom do comunicado do Sepultura, a relação ficou estremecida. Talvez não tanto quanto na ocasião da saída de Max, pois aconteceram inúmeras tretas, que todos nós já sabemos, principalmente quando Dana, enteado de Max, morreu.
A verdade é que essa notícia esvazia muito a turnê do adeus do Sepultura. Muitos que não viram Eloy em ação estão desapontados. Mas em contrapartida, teremos a oportunidade de escutar, talvez pela última vez, alguns dos grandes clássicos da maior banda brasileira de Heavy Metal de todos os tempos. O Sepultura não merecia esse script no seu final. Mas os caras estão dispostos a fazer o melhor e se despedir em grande estilo, ainda que muitos acreditem que essa despedida seja tão verdadeira quanto a do Kiss ou a do Slayer, que recentemente anunciou um retorno para três shows, semanas depois de Kerry King ter falado coisas não muito boas sobre Tom Araya.
Nas redes sociais, dá para perceber que muitos apoiam a decisão do baterista, enquanto outros conseguem entender o lado da banda, que foi pega de surpresa com o comunicado. Como dissemos no início deste texto, nossa intenção aqui não é tomar partido de nenhum dos lados e sim analisar sob a ótica tanto da banda, quanto do baterista. E você, caro leitor, o que acha disso tudo? Eloy agiu certo ao pensar em si ou ele não passou de um mal-agradecido em deixar na mão a banda que lhe deu notoriedade mundial? Pois nem com André Matos, nem tampouco com o fraquíssimo Glória ele estaria sendo desejado e especulado no Slipknot.
Já disse uma vez, não aqui…Eloy era um funcionário da empresa Sepultura, apareceu-lhe uma oportunidade e assim ele aceitou!!!! Acredito que só Andreas e Paulo é que estão nessa de aposentadoria, quanto ao Derrick…não sei!!!! Lembro que na época da banda do Derrick chamada Música Diablo, Andreas meio que não gostou da ocupação de Derrick!!!! Fico pensando se o Música Diablo estivesse na ativa até hoje, quantos albuns a banda teria lançado????!!!!! Fica a pergunta!!!! Valeu!!!!