Resenha de livro: Slayer – O Reino Sangrento

O livro O Reino Sangrento do Slayer — escrito por Joel McIver e relançado em 2019 pela Estética Torta — oferece um mergulho profundo na trajetória da banda que ajudou a definir o thrash metal em 450 páginas. McIver percorre desde os primeiros ensaios do grupo até o momento em que o Slayer se tornou uma força global, reunindo fatos, entrevistas e uma cronologia álbum por álbum para pintar o retrato de uma máquina musical implacável. A leitura se destaca por não adotar o tom de fã bajulador: o autor reconhece a grandeza do Slayer, mas também aponta seus erros, como letras menos inspiradas ou discos que não alcançaram o impacto esperado.

A estrutura do livro facilita o acompanhamento da carreira da banda, com capítulos organizados por álbuns e fases. A clareza dessa divisão permite que o leitor busque por momentos específicos — seja o lançamento de Reign in Blood, a ascensão nos anos 80 ou o reconhecimento mundial — sem se perder em digressões excessivas. Além disso, a inclusão de fotografias raras, cartazes de shows antigos e bastidores da rota de turnês enriquece a narrativa e torna o livro um artefato valioso para fãs e pesquisadores da história do metal.

Um ponto bastante criticado na época de seu lançamento original foi a falta de atualizações, o que a versão da Estética Torta corrigiu, trazendo fatos narrados até o ano de 2019, onde a banda anunciou que estaria encerrando suas atividades. O Reino Sangrento do Slayer permanece como uma ótima porta de entrada para quem quer entender a influência e a trajetória do Slayer e para fãs dedicados e para quem deseja conhecer a raiz de um dos pilares do metal extremo, é leitura recomendada