Gojira e Mastodon mostram os monstros que são no heavy metal contemporâneo

Texto por Ricardo Bernardo

Foto: Stephan Solon

Após oito anos longe de São Paulo, Gojira e Mastodon vieram em uma noite pesada e monstruosa, fazendo jus ao nome de sua turnê conjunta, a Mega Monsters Tour 2023, que chegou em plena terça feira a capital paulista.

O Espaço Unimed estava lotado de fãs de todas as idades, ansiosos para verem Gojira e Mastodon se apresentarem. Observando a multidão víamos camisetas de Power Metal, Death Metal, Black Metal, Metalcore além de várias gerações de fãs para ver de perto as bandas. A maioria era a primeira vez que via os grupos. Havia uma fila enorme para comprar camisetas, que se seguiu mesmo após o inicio do show.

 O calor era intenso no local, o que tornou a espera pelo início do show um pouco desconfortável. No entanto, assim que o Mastodon subiu ao palco, a multidão esqueceu o calor e se concentrou na música. O som do Mastodon de inicio estava muito alto e embolado, o que prejudicou um pouco a experiência. O problema foi resolvido por volta da quinta música onde felizmente conseguiram equalizar tudo.

 

O Mastodon abriu o show com “Pain With na Archor”, uma das músicas de seu álbum “Hushed and Grim”. A banda de Atlanta (EUA) mostrou sua habilidade em misturar elementos de metal e hard rock com rock progressivo dos anos 70. O baterista e vocalista Brann Dailor e o baixista Troy Sanders assumiram a voz principal na maioria das músicas, embora os guitarristas Brent Hinds e Bill Kelliher também cantassem.

O tecladista João “Rasta” Nogueira não cantou, mas fez uma participação especial segurando a bandeira de Pernambuco.

Aqui está o setlist completo de cada banda:

Mastodon:

1. Pain With na Archor

2. Crystal Skull

3. Megalodon

4. Divinations

5. Sultan’s Curse

6. Bladecatcher

7. Black Tongue

8. The Czar

9. Halloween

10. High Road

11. More Than I Could Chew

Encore:

12. Mother Puncher

13. Steambreather

14. Blood and Thunder

O Gojira subiu ao palco depois do Mastodon e mostrou sua habilidade em misturar elementos de metal progressivo e death metal. A multidão cantou junto com cada música, e a energia no local era palpável.

O show começou com “Born for One Thing”, uma das músicas do álbum mais recente da banda, “Fortitude”. A banda tocou uma seleção de músicas de seus álbuns mais recentes, incluindo “Backbone”, “Stranded”,Flying Whales”, “The Cell”,The Art of Dying”, “Grind”,Another World”, “Oroborus”, “Silvera”,The Chant” e “L’enfant sauvage”. O baterista Mario Duplantier fez um solo de bateria impressionante, que foi um dos destaques do show.

Enquanto suas músicas eram descarregadas sem perdão nos presentes, imagens nos telões eram a ilustração perfeita para cada verso cantados, como raios cortando o local e indígenas em posições marcantes.

A banda encerrou o show com um bis que incluiu “The Heaviest Matter of the Universe”, “Amazonia” e “The Gift of Guilt”. A multidão aplaudiu e gritou por mais, mas infelizmente o show teve que terminar.

Não antes do baterista jogar um bote por cima do público e se divertir “navegando” por cima de todos presentes. Uma brincadeira que encerrou a noite de maneira cômica.

Gojira:

1. Born for One Thing

2. Backbone

3. Stranded

4. Flying Whales

5. The Cell

6. The Art of Dying

7. Drum Solo

8. Grind

9. Another World

10. Oroborus

11. Silvera

12. The Chant

13. L’enfant sauvage

Encore:

14. The Heaviest Matter of the Universe

15. Amazonia

16. The Gift of Guilt

Gojira e Mastodon são duas das bandas mais importantes da cena do heavy metal atual. Ambas as bandas têm uma abordagem única para o gênero, misturando elementos de metal progressivo, death metal, hard rock e rock progressivo dos anos 70. Além de serem conhecidos por suas letras profundas e significativas, que abordam questões sociais e ambientais.

Após o show temos a ótima sensação de que bandas com essas estão dedicados a manter o heavy metal vivo e relevante, e continuam a evoluir e experimentar com novos sons e estilos.

Agradecimentos a Midiorama pelo credenciamento.

 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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