Entrevista Overdose Nuclear: banda conta todos os detalhes do novo álbum “Metal Do Mangue”

Com um álbum repleto de críticas sociais, peso e brutalidade, os veteranos do Overdose Nuclear lançaram em julho o seu novo álbum “Metal Do Mangue“, concebido durante os tempos sombrios da pandemia e abordando toda a instrospecção de um grupo de brasileiros nascidos em Ubatuba, vivenciando todos os horrores sociais, ambientais e psicológicos dos últimos tempos.

-Vocês lançaram em julho o novo álbum “Metal Do Mangue”, que está sendo bem elogiado pela galera. Como que foi a produção dele?

Iniciamos a produção de “Metal do Mangue” em 2020 durante a pandemia global do Covid-19, usamos esse tempo para elaborarmos os pilares do que viria a ser o álbum, durante esse processo passamos por uma troca de integrantes e Rodrigo Kusayama embarcou no desafio. Em dezembro de 2021 iniciamos as gravações no estúdio “Family Mob” em São Paulo com o mesmo Produtor do nosso álbum de estreia, o Mago da Mesa de som, Hugo Silva, já chegamos com todas as prés prontas e preparados para gravar, gravamos toda parte instrumental do álbum em 4 dias seguidos, por problemas pessoais acabamos utilizando o ano de 2022 inteiro para fazer os demais processos, vocais, mix e master, para finalizar o álbum. Mas em julho daquele ano todos já conheceram o primeiro single do álbum “Poluição Nefasta”.

-Liricamente falando, quais assuntos estão sendo abordados no novo álbum? O que inspirou vocês na escrita das novas músicas?

Todo aquele cenário de introspecção e caos ocasionado pela pandemia do covid fez que olhassemos mais para os nossos problemas do dia dia, quisemos expor para o mundo o que é ser um morador de Ubatuba, um Brasileiro e que as pessoas se conectassem com as nossas Vivências, os nossos problemas principalmente na questão ambiental e social, usando a agressividade que só o Metal pode consegue transmitir. Mas resumidamente abordamos terror, criticas sociais, críticas ambientais, realidade, ficção, temas filosóficos, política.

-Uma das faixas é um cover de “Cowboy Fora Da Lei”, do Raul Seixas. Como surgiu a ideia deste cover?

Nessa busca por produzir Metal em Português sempre ouvimos muitos artistas de outros segmentos fora do Metal que usam nossa língua como parte da arte. E na obra de Raul Seixas, um artista que sempre nutrimos uma admiração, vimos a oportunidade de fazer uma homenagem, algo único e um ponto fora da curva dentro do nosso álbum.

-E o que este novo lançamento significa para a banda? Qual a importância dele para o Overdose?

Esse álbum é de extrema importância para banda, algo único, uma retomada pós nossas vidas serem privadas durante a pandemia, ele mostra nosso amadurecimento tanto quanto artistas, tanto como pessoas e como banda, vejo como uma porta de entrada para o futuro da banda.

-A banda recentemente completou 10 anos de estrada. Como vocês traçariam um paralelo entre a banda no começo, e a banda hoje em dia? O que mudou?

Mudou tudo, de quatro jovens sedentos por explorar o mundo do Metal em uma cidade onde não havia nenhuma expressão no gênero, com uma defasagem de conhecimento absurda que não sabiam nem por onde começar a hoje uma banda madura, que domina boa parte dos processos artísticos necessários para uma banda conseguir trabalhar e prontos para se tornar referência no que temos feito.

-E nesta uma década de estrada, qual o momento mais especial da banda?

Com certeza foi o primeiro dia de gravação do primeiro álbum, que inclusive aparece no nosso mini-doc “Dos Urros ao Mangue” foi uma época muito especial tanto da nossas vidas quanto da banda.

-Quais as diferenças de “Metal do Mangue” para o último álbum “Overdose Nuclear” de 2019?

O primeiro álbum é um reflexo de toda nossa evolução, da criação da banda, tivemos muitos anos de experimentação e as músicas passaram gradativamente por esse processo de evolução junto com a gente, já  o “Metal do Mangue” utilizamos tudo que aprendemos nesse longo processo que foi o primeiro álbum, acredito que por isso e pela época que ele foi criado, é um álbum muito mais direto e violento do que o primeiro que trás muitas músicas longas e com mais riffs arrastados.

-E sendo uma banda conhecida na cena e com uma bagagem respeitável, pra vocês qual a maior dificuldade em ser uma banda independente?

Acho que ser músico no Brasil é difícil, músico de metal é mais difícil ainda, músico de metal autoral, aí é extremamente difícil, nossa cena é limitada e com pouco espaço, as bandas tem que fazer um esforço muito grande para se equilibrar para manter tudo funcionando e continuar com seus trabalhos e vidas pessoais.

-Quais os próximos planos do Overdose Nuclear?

Continuarmos a campanha do Metal do Mangue, que está sendo bem recebida no mundo inteiro, tem mais material audiovisual para sair, tocarmos o máximo possível e também já iniciamos o processo de composição do próximo disco, o show tem que continuar!

-Estamos finalizando a entrevista, mande um recado para os leitores do site!

Muito obrigado pelo espaço, foi uma entrevista muito interessante, espero que vocês e o público tenham gostado e o recado que eu quero deixar é para seguir a banda nas redes sociais e que escutem sem moderação! E se gostar e quiser apoiar nosso trabalho, só mandar uma mensagem em alguma das nossas redes sociais para adquirir nossos merchs oficias!

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *